A Justiça definiu nesta sexta-feira (20) a data do Júri Popular de Everton Vargas, autor confesso do assassinato da youtuber Isabelly Cristine, em fevereiro de 2018, no município de Pontal do Paraná. O julgamento de Vargas está previsto para acontecer no dia 07 de março de 2022, quatro anos após o crime.

Conforme as alegações finais da justiça, o réu deverá responder pelos delitos de homicídio qualificado por motivo torpe e porte ilegal de arma municiada. Já o irmão que conduzia o veículo na noite do assassinato, Cleverson Vargas, responderá por embriaguez ao volante.

O sorteio dos jurados acontecerá no dia 8 de fevereiro.

Relembre o caso

No dia 14 de fevereiro de 2018, a jovem Isabelly Cristine dos Santos, que tinha apenas 14 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça e teve morte cerebral decretada pela equipe médica do Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá.

A youtuber foi atingida pelo disparo de arma de fogo quando retornava com a família para Paranaguá de um evento no balneário de Shangril-la, em Pontal do Paraná.

Isa, como era conhecida, possuía um canal no youtube, o Isa Top Show, no qual apresentava entrevistas com artistas renomados. Na noite do crime, ela havia entrevistado o MC Gustta que tinha realizado uma apresentação na região.

Segundo o boletim de ocorrência, Everton Vargas, que estava acompanhado do irmão Cleverson Vargas,  realizou o disparo após se sentir ameaçado por uma manobra brusca feita pelo condutor do veículo em que a adolescente estava.

Os irmãos Everton e Cleverson Vargas foram presos, no dia seguinte, em uma casa em Pontal do Paraná. No local, policiais militares encontraram a arma do crime.

Os dois foram autuados em flagrante por homicídio qualificado, entretanto, após alguns meses recluso na prisão, Cleverson Vargas, teve a liberdade decretada e responde pelo crime de embriaguez ao volante.

Julgamento

Em fevereiro deste ano, o magistrado Amin Abil Russ Neto negou o agendamento do julgamento do réu devido a estrutura física do Tribunal do Júri da Comarca de Pontal do Paraná, que não permitia a aplicação dos protocolos de saúde adotados devido a pandemia da covid-19.

O juiz alegou que os participantes direitos da sessão de julgamento, bem como jurados dispensados, agentes de segurança, entre outros, estariam expostos ao coronavírus.

Agora, com a diminuição expressiva do número de infectados e óbitos pela doença na região, o júri foi agendado.