Os afogamentos nas praias paranaenses reduziram 17% nos meses de dezembro e janeiro da operação Verão Consciente 2020/2021, quando comparado com o mesmo período do verão passado. O balanço divulgado pelo Corpo de Bombeiros nesta quarta-feira (03) ainda aponta que as mortes por afogamentos aumentaram de quatro para sete nesta temporada, todas em áreas não protegidas por guarda-vidas. O comparativo compreende o período de 19 de dezembro a 31 de janeiro de ambas as temporadas.
Neste ano foram registrados 571 afogamentos, dos quais 519 vítimas saíram ilesas e 42 tiveram afogamento leve. No mesmo período da temporada anterior, foram 691 atendimentos no total, sendo que 623 pessoas saíram ilesas e 62 sofreram afogamentos leves. Dentre os fatores que podem ter influenciado a redução estão o menor número de banhistas devido à pandemia da Covid-19 e também dias seguidos com chuvas fortes na região, o que impossibilitou os veranistas de irem às praias.
O número de ações preventivas (orientações e advertências) teve uma redução de 26%. Foram 81.821 registros na última temporada e 60.534 no Verão Consciente.
Com menos pessoas no mar e, principalmente, por ações naturais, como o movimento das correntes que transportam as águas-vivas pelo oceano, o número de incidentes com esses animais marinhos também teve uma redução, de 80%. Nesta temporada, foram 763 casos contra 3.768 no verão passado.
“Até agora, os números, de forma geral, são bons. O que chama atenção nesta temporada são esses casos isolados de afogamento, principalmente entre o público jovem. Estamos procurando neste momento um rapaz de 18 anos que teria se afogado entre Pontal do Paraná e Matinhos. Então, se isso se confirmar, teremos o oitavo óbito por afogamento desta temporada”, afirmou o comandante do 8º Grupamento de Bombeiros, localizado no Litoral, tenente-coronel Jonas Emmanuel Benghi Pinto.
Orientações
Ao entrar no mar, somente é seguro nadar em locais onde estejam visíveis duas bandeiras, de cor amarela e vermelha, e o posto de guarda-vidas, os quais sinalizam a área ser protegida. “Fazemos um grande esforço no verão para termos 91 postos de guarda-vidas ativos. Precisamos mais do que nunca que as pessoas procurem esses postos para um banho de mar seguro, pois se tivermos um acidente em uma área não protegida por guarda-vidas, temos um grande procedimento de resposta”, afirmou o comandante.
O Corpo de Bombeiros reforça a importância de os banhistas sempre procurarem uma faixa protegida por guarda-vidas para os banhos de mar. “Todos os óbitos por afogamentos desta temporada aconteceram em áreas não protegidas ou fora do horário de atividade dos guarda-vidas, evidenciando que devemos nos concentrar na educação do público jovem”, explicou o coronel Emmanuel.