Cinco cidades da região podem receber a adaptação nas escolas. A comunidade escolar é quem deve decidir se vai aderir ou não a essa mudança
Por Pierre Andrade
Uma solenidade no Palácio Iguaçu marcou a implementação da lei de gestão compartilhada cívico-militar em escolas da rede estadual de ensino. O evento contou com as presenças de deputados, prefeitos e do governador Carlos Massa Ratinho Junior.
“O projeto foi estudado durante o ano passado inteiro pela secretaria de educação. A ideia é avançar com esse novo modelo. O que queremos é dar uma opção para a população, pais, alunos e professores, de uma nova modelagem de ensino a disposição”. Afirmou Carlos Massa Ratinho Júnior.
215 instituições de ensino localizadas em mais de 100 cidades do Paraná foram escolhidas para receber a gestão compartilhada. Segundo o governo do estado, o desempenho de escolas com modelo cívico-militar é 20% maior em comparação com alunos que estudam na educação tradicional. A medida deve melhorar a qualidade do ensino ofertado.
“A gente vai ter aulas adicionais de português, de matemática e de civismo. Será possível estudar ética, constituição federal, leis, relação entre os três poderes e cidadania” disse Renato Feder, secretário estadual de educação.
Cidades do litoral fazem parte da primeira fase do programa. Comunidades escolares das instituições de ensino escolhidas irão definir, através de audiência pública, se o modelo cívico-militar será implementado. Paranaguá fará parte do programa graças ao deputado Galo, que intercedeu diretamente com o governador do estado para que o município mais populoso da região fosse contemplado.
“Conversei com o governador sobre Paranaguá. A partir desse momento, pela importância do modelo cívico-militar, comecei a me interessar. Expliquei a minha vontade e fui atendido. Em Paranaguá, teremos o Colégio Helena Viana Sundin que quer” disse o deputado estadual Galo.
Além de Paranaguá, Antonina, Pontal do Paraná, Matinhos e Guaratuba serão contempladas com o programa. O modelo cívico-militar prevê gestão compartilhada entre militares e educadores da rede pública de ensino.
Professores da rede estadual serão responsáveis pelas aulas. Por sua vez, atividades cívico-militar serão conduzidas por militares. As escolas terão um diretor geral do quadro da educação e, ao menos, um diretor auxiliar também professor.
Serão escolhidos um militar para a atribuição de diretor cívico-militar e, no mínimo, dois militares como monitores. A gestão compartilhada vai acontecer do 6º ano até o 9º ano do ensino fundamental e também no ensino médio.