Por Bruna Letícia
No Centro Histórico de Paranaguá, a Praça Leocádio Pereira está praticamente esquecida. Fato é, que poucos que passam pela frente sabem do significado e da história do lugar, que nasceu para castigar as pessoas que cometiam delitos ou escravos que fugiam dos engenhos.
A turista de Curitiba, Maria Angélica, desconhecia os acontecimentos já ocorridos no lugar “Eu sempre venho visitar a cidade, mas nunca parei aqui nessa praça, não conheço a história. Não há nenhuma placa no local, informando aos visitantes o contexto histórico” comentou.
O pelourinho, patrimônio histórico da humanidade, que está nela, é uma relíquia, pois a peça original foi colocada no Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá (IHGP). De acordo com o historiador, Florindo Wistuba, a peça original permaneceu na Praça até o dia 13 de maio de 1888, e depois sumiu.
“O pelourinho só foi reencontrado, por volta de 1.914, quando fizeram a requalificação do antigo mercado dos escravos, hoje Mercado do Café. Mais tarde o pelourinho foi levado até a Sede do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá”, contou o professor.
Na época o pelourinho, representava símbolo de justiça. Muitas vidas foram tiradas de forma brutal no espaço. Na opinião da turista, Sueli de Fátima, as lembranças deveriam ser apenas expostas em museus, a relíquia do pelourinho deveria ser retirada da praça, ela avalia que colocar tais monumentos a céu aberto pode gerar um desconforto “muitas pessoas sofreram ali, penso que expor isso em espaços públicos é trazer tudo de volta a realidade, disse.
O atual Presidente do IHGP, Diogo Rodrigues Alves, contou que a instituição recebe estudantes e pesquisadores, diariamente. Entretanto, devido a pandemia do Coronavírus, as visitas foram reduzidas pra evitar aglomerações.
SERVIÇO
Quem tiver interesse em saber mais a respeito do assunto, e consequentemente, ver o pelourinho original, deve fazer o agendamento por telefone, através do número 41 9 9980-0528. O espaço fica na mesma rua onde está localizada a praça. Rua Quinze de Novembro, nº 603 – Centro Histórico de Paranaguá.