Na tarde desta segunda-feira (03) professores, servidores e alunos da rede estadual de ensino do Paraná invadiram o plenário da Assembleia Legislativa, em Curitiba, após uma mobilização contrária ao projeto de lei que quer terceirizar a gestão administrativa de 200 colégios públicos. Uma porta foi quebrada e bombas de gás lacrimogêneo foram utilizadas.
A concentração da manifestação aconteceu pela manhã na Praça Santos Andrade, no Centro da capital, logo em seguida, os profissionais da educação caminharam até a ALEP, onde estava prevista a votação do projeto em regime de urgência.
A votação presencial do projeto de lei foi suspensas e acontecerá ainda nesta segunda-feira de forma online.
Greve
Os servidores públicos sinalizaram o regime de greve na sexta-feira (31). O objetivo era pressionar o governo estadual a desistir da terceirização administrativa e de infraestrutura das escolas. A decisão também inclui sobre o pagamento da bata-base deste ano (3,69%) e o zeramento das perdas salariais dos educadores, que já superou os 39%.
No domingo (02), o Tribunal de Justiça do Paraná suspendeu a greve dos professores. A desembargadora Dilmari Helena Kessler informou que o sindicato está impedido de realizar a ação grevista até que apresente um plano de manutenção das atividades educacionais, sob multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED) orientou que os pais enviem os filhos às escolas normalmente para que não haja prejuízo ao andamento regular do aprendizado. Uma estrutura foi criada para garantir o atendimento aos estudantes e manter o cronograma de aulas.