Familiares do jovem Marcos Vinicius, de 27 anos, morador de Morretes, aguardam respostas sobre a morte precoce do rapaz. Após dias indo atrás de atendimento médico no hospital do município, e um diagnóstico de gripe, o jovem morreu na última sexta-feira (24), no Hospital Regional do Litoral, com suspeita de dengue hemorrágica.
Segundo o relato da mãe do jovem, ele havia procurado atendimento no hospital do município pelo menos três vezes, antes de surgir a suspeita de dengue. A busca por um diagnóstico teria iniciado na última quarta-feira (22). O rapaz apresentava sintomas como dor no corpo, febre e vômito quando foi pela primeira vez ao hospital. Segundo a família, o diagnóstico inicial seria de gripe.
No dia seguinte, sem apresentar melhoras, o rapaz voltou ao hospital e novamente, o médico teria dito que se tratava de uma gripe, liberando o rapaz. A mãe relatou que durante a tarde, o jovem voltou ao hospital e mais uma vez ouviu que se tratava de uma gripe. Diante dos sintomas apresentados, ele teria sido medicado com uma injeção e liberado.
“Quando foi por volta das 19h30, ele piorou muito, chegou a 41 graus de febre. Quando já tinha trocado o plantão, que uma médica atendeu, ela olhou para o meu filho e falou para ele que ele estava com dengue. Ela falou que o médico da tarde não poderia ter dado o medicamento de gripe para ele, que estava errado”, contou a mãe de Marcos.
Por meio de um teste clínico, a profissional indicou que poderia ser um caso de dengue hemorrágica, possivelmente agravado pela aplicação do remédio para gripe.
Segundo a família, no momento, não havia estrutura para fazer a remoção do paciente para o Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá. Eles teriam sido orientados a fazer o transporte por meios próprios, de forma urgente.
No entanto, segundo a Prefeitura de Morretes, foi solicitado apoio do SAMU para o transporte, mas a decisão de retirar o paciente do hospital teria partido dos familiares.
“Diante do quadro, foi solicitado apoio do SAMU para remoção, pois foi identificado que o caso necessitava de avaliação médica em uma unidade de maior complexidade, como é o caso do Hospital Regional do Litoral. No entanto, a família optou por conduzir o paciente, por meios próprios, até o hospital, onde permaneceu internado e, infelizmente, veio a óbito na manhã seguinte, sexta-feira (24)”, cita a nota do município.
A análise dos exames é feita pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). A confirmação sobre se tratar de um caso de dengue, ou não, deverá ocorrer nos próximos boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria de Saúde do Estado.









