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A rota do tráfico de pessoas: conheça o acusado de estuprar e aliciar crianças e adolescentes de Paranaguá para Itapoá/SC

Segundo o delegado de Polícia Civil do NUCRIA, Emmanuel Brandão, o acusado não tinha medo da impunidade e divulgava o quarto onde mantinha relações sexuais com as adolescentes nas redes sociais dele de forma aberta.
Imagem: TVCI

O segundo episódio da série de reportagens investigativa ‘O Preço da Inocência”, produzida com exclusividade pela TVCI, revela o aliciamento de menores e tráfico de pessoas – crianças e adolescentes – que eram levadas da Ilha dos Valadares, em Paranaguá, para a cidade de Itapoá, no litoral de Santa Catarina, para manter relações sexuais com uma figura influente da cidade.

O investigado Aleomar B. Paese, de 63 anos, ou ‘Títio’  como era conhecido,  é acusado de estuprar crianças, que na época dos fatos tinham 11 anos. As vítimas eram aliciadas na Ilha do Valadares por uma adolescente de 17 anos, que também já havia sido vítima do esquema criminal, com a promessa de irem para a cidade de Guaratuba para passear e tomar sorvete.

Segundo o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (NUCRIA), as investigações de abuso sexual infantojuvenil, tráfico de pessoas e estupro de vulnerável em Santa Catarina começaram após a escola onde as vítimas estudavam acionar as equipes do Conselho Tutelar devido as faltas frequentes das crianças. Elas não foram localizadas na cidade de Paranaguá e, horas depois, uma das vítimas informou para uma outra vítima, por meio de mensagens em uma rede social, que estaria na casa de ‘Títio’, em Santa Catarina.

Os passos da meninas foram refeitos pela Polícia Civil. Câmeras de monitoramento mostraram as vítimas embarcando e desembarcando do Ferry Boat de Guaratuba, além do registro do acusado estacionando o carro para buscar as jovens. O retorno delas também foi captado pelas câmeras de segurança da Rodoviária de Guaratuba que flagraram o momento em que Aleomar chega com as jovens, compra as passagens e elas retornam para a cidade de Paranaguá.

As crianças foram ouvidas pela PCPR e uma delas confessou que manteve relações sexuais com Títio por dinheiro, mas que a outra menina não teria conseguido e teria pedido para ele não consumar estupro. Segundo elas, com a recusa, Aleomar a agrediu e forçou a relação.

Paese já era investigado pela Polícia Civil de Santa Catarina, mas foi a partir das investigações da Polícia Civil do Paraná que ele foi preso no dia 16 de dezembro de 2024 em Paranaguá. Em nota a PCSC informou que um inquérito foi instaurado para apurar o caso.

“Foi instaurado inquérito policial para apurar crime de estupro de vulnerável contra  Aleomar Paese, o qual ainda segue em curso. A Polícia Civil de Santa Catarina tem trabalhado em estreita colaboração com a Polícia Civil do Paraná, incluindo apoio em ações de busca e apreensão domiciliar, o que tem sido essencial para o fortalecimento das investigações”, disse a nota.

Segundo o delegado de Polícia Civil do NUCRIA, Emmanuel Brandão, o acusado não tinha medo da impunidade e divulgava o quarto onde mantinha relações sexuais com as adolescentes nas redes sociais dele de forma aberta. Em um dos vídeos, ele mostra a cama, uma hidromassagem e uma tv, onde passava vídeos de cunho pornográfico.

Confira a reportagem completa:

 

 

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