Um ano após o desaparecimento de Sandra Mara Camargo, de 49 anos, moradora de Pontal do Paraná, o caso, que foi cercado de mistério, parece estar próximo de sua conclusão. Nesta segunda-feira (15), o resultado do exame de DNA confirmou que a ossada encontrada em Pontal do Paraná, no mês de agosto, é de Sandra Mara.
O material genético extraído da ossada foi confrontado com material fornecido pela filha de Sandra, confirmando a compatibilidade e que os restos mortais pertencem à vítima de feminicídio.
De acordo com o advogado da família, Leonardo Mestre, a expectativa agora, com o processo em sua fase final, é levar o réu a júri.
“O caso está na fase final da primeira etapa do rito do Tribunal do Júri, aguardando a decisão de pronúncia, e envolve um crime cuja punição é a mais rigorosa prevista pela legislação brasileira. Com a materialidade definitivamente comprovada, a expectativa é de que o réu seja pronunciado e levado a julgamento, para que a morte de Sandra seja apreciada pelo Tribunal do Júri com a seriedade que o caso exige e para que a justiça prevaleça”, disse.
Relembre o caso
Sandra Mara foi vista pela última vez no dia 13 de dezembro de 2024, em Pontal do Paraná. Funcionária de uma panificadora, ela havia trabalhado naquele dia, e câmeras de segurança registraram o momento em que a vítima saiu do local e seguiu de bicicleta em direção à sua casa. Segundo as investigações, ela teria entrado no imóvel, trocado de roupa e saído novamente. Depois disso, não foi mais vista.
Após o desaparecimento, teve início uma força-tarefa na região da Vila Progresso, onde a vítima morava, em busca de informações sobre o seu paradeiro.
No dia 18 de fevereiro de 2025, Aleandro Lourenço de Barros, de 33 anos, conhecido como “Magrão”, com quem a vítima mantinha uma relação afetiva, foi preso. A Polícia Civil passou a tratá-lo como principal suspeito de envolvimento no desaparecimento da mulher.
Em 12 de abril, o Ministério Público do Paraná denunciou Magrão criminalmente, apontando o companheiro da vítima como responsável por sua morte e pela ocultação do cadáver, foram imputados os crimes de feminicídio majorado pelo uso de meio cruel e por recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver.
No dia 10 de agosto de 2025, trabalhadores que realizavam uma obra em um terreno na Rua Figo, a mesma onde a vítima morava, encontraram uma bicicleta enterrada enquanto mexiam no solo. A polícia foi acionada e confirmou que se tratava da bicicleta utilizada por Sandra. A partir da descoberta, novas buscas foram concentradas na região.
Na manhã do dia 20 de agosto, dias após o achado da bicicleta, foi localizada uma ossada humana enterrada a cerca de 50 metros da residência da vítima.


Imagem: arquivo pessoal 






