Teve início por volta das 10h40 desta terça-feira (03) o Tribunal do Júri de Éverton Vargas, autor confesso do disparo que vitimou a youtuber Isabelly Cristine dos Santos em 2018. A jovem retornava de uma gravação em Pontal do Paraná para o canal que mantinha no YouTube quando foi alvejada por um tiro na cabeça.
A assistente de acusação, Thayse Mattar Assad, defende que não se tratou de uma tragédia, mas sim de uma escolha. Segundo a advogada, uma pessoa embriagada e armada achou que seria assaltada. “Não foram tiros para assustar, mas disparos contra uma ameaça — Isabelly e os ocupantes do veículo”, afirmou.
Rosania Domingos, mãe da youtuber, emocionada, falou sobre a morte da filha: “Não foi fatalidade, foi assassinato.” Ela pediu que a justiça do Paraná dê a resposta que aguarda há seis anos.
Mattar Assad pontuou ainda que a família e a sociedade buscam um julgamento justo e que a população convocada dê um desfecho para a história, sem linchamento ou vingança, frisando que os pais de Isabelly merecem uma resposta para o caso.
Segundo o advogado do réu, Cláudio Dalledone, a tragédia teria sido precipitada por uma ultrapassagem perigosa, que colocou Éverton em estado de alerta e levou-o a efetuar os disparos que resultaram na morte de Isabelly. Na época dos fatos a jovem tinha 14 anos.
A expectativa é que o júri de Éverton Vargas dure ao menos dois dias. Serão ouvidas 20 testemunhas, além do interrogatório do réu.
A morte precoce de Isabelly causou comoção nacional e, desde então, não só a família da jovem, mas todo o Paraná aguardam que o caso ganhe um ponto final ainda nesta semana.