Uma confusão envolvendo uma mulher, o atual companheiro e o ex-marido terminou com dois homens detidos e um deles baleado no ombro na noite desta quarta-feira (31) na Rua Francisco Machado, bairro Serraria do Rocha, em Paranaguá.

De acordo com moradores da região, que acionaram as equipes da Polícia Militar, dois homens estavam em vias de fato na rua quando um disparo foi efetuado. Os militares deslocaram até o endereço indicado, deram voz de abordagem aos dois indivíduos que estavam no local e realizaram buscas pessoais, constatando que um dos envolvidos é o ex-marido da mulher e que este teria uma medida protetiva emitida em seu desfavor, situação negada pelo homem que diz não ter recebido a notificação da liminar e que não sabia da existência da medida.

Ainda durante o atendimento da ocorrência, o atual companheiro da mulher confessou que estava portando uma arma de fogo e que havia disparado contra o ex-marido da mulher durante a discussão. Ele relatou ainda que dispensou a arma de fogo na esquina após efetuar o tiro. A equipe da Ronda Ostensiva Tático Móvel – ROTAM  foi até o local indicado e localizou o revólver de calibre 38, com seis munições e um estojo deflagrado.

Diante da situação os dois homens receberam voz de prisão e foram conduzidos para a Delegacia Cidadã de Paranaguá, onde o caso teve novos desdobramentos. Na cela, o ex-marido informou aos policiais militares que estava sentindo dor e que o tiro havia acertado o seu ombro direito.

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência foi acionada e encaminhou o baleado para a emergência do Hospital Regional do Litoral de Paranaguá.

Na confusão, a mulher desmaiou e foi levada pela Rádio Patrulha Auto – RPA para a Unidade de Pronto Atendimento de Paranaguá. Em seguida, ela foi encaminhada para a delegacia para prestar depoimento.

Ocorrência anterior 

Minutos antes da Polícia Militar atender a situação de disparo de arma de fogo, a corporação havia sido acionada no mesmo local para atender uma ocorrência envolvendo um possível descumprimento de medida protetiva, no entanto o ex-companheiro não foi localizado.

Medida protetiva

Para que a decisão judicial que deferiu as medidas protetivas tenha validade e efetivamente cumpra com sua finalidade, é necessário que a pessoa agressora dela tome conhecimento formal, vez que é ela o principal destinatário das ordens e proibições ali contidas.

Assim, após o deferimento das medidas protetivas de urgência, o juiz determinará que o oficial de justiça intime pessoalmente o agressor da decisão, devendo ele exarar seu ciente.