Foto: Rogério Machado/Arquivo AEN
Em 2018, a morte de Tatiane Spitzner acendeu no Brasil o debate sobre a violência contra a mulher. Na madrugada de 22 de julho daquele ano, a advogada foi encontrada sem vida no apartamento onde morava, em Guarapuava, após cair do 4º andar. Momentos antes, câmeras de segurança do edifício registraram ela sendo agredida pelo marido.
Foi em homenagem à Tatiane — e a tantas outras paranaenses brutalmente assassinadas — que o governador do Estado sancionou em 2019 a data do dia 22 de julho, como o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio.
No mesmo ano, em Pontal do Paraná, foi fundada a Rede Sorella, com o objetivo de prestar atendimento jurídico e psicológico às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. O corpo técnico é totalmente formado por voluntários.
Quando há uma demanda a vítima de violência doméstica vai até a página da Ong na internet, faz um link de agendamento e nós clicamos e fazemos a interface com os profissionais voluntários. – Danielle Couto, advogada e Presidente da Rede Sorella.
Diariamente, mulheres são submetidas a diferentes tipos de violência que podem ter como consequência um final trágico: o feminicídio. Além da violência física, também há a violência psicológica, que pode confundir a vítima e transformar algumas atitudes violentas em demonstração de amor, cuidado ou excesso de zelo.
“A Rede Sorella nasceu para dar voz a essas mulheres, empoderá-las e protegê-las”, afirma a presidente da Ong.
A advogada alerta também sobre a importância das mulheres procurarem ajuda através dos canais disponibilizados gratuitamente. Hoje o Paraná conta com canais de denúncias anônimas, como os telefones 180 (nacional) e 181 (estadual), que permitem que outras pessoas também avisem a polícia sobre casos de violência doméstica. Também há a possibilidade de ligar para a Polícia Militar através do 190, em caso de agressão em flagrante.