Um esquema de venda de atestados médicos falsos foi descoberto em Paranaguá, após empresas do setor portuário receberem um número expressivo dos documentos – no mesmo formato e assinados pelo mesmo médico – o que levantou a suspeita de fraude.
A Secretaria Municipal de Saúde, a Fundação de Assistência à Saúde de Paranaguá (FASP) e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foram procuradas pelas instituições para pedir esclarecimentos sobre os atestados e, com as investigações da UPA, foi confirmado que os documentos eram, na verdade, confeccionados por um indivíduo de forma criminosa.
Com exclusividade, a TVCI descobriu como funcionava o esquema de compra e venda dos atestados. O acusado, Oscar Mattos Neto, de 32 anos, seria o responsável por adulterar boa parte dos documentos entregues nas empresas.
Por um aplicativo de trocas de mensagens, três funcionários da emissora, em dias distintos, simularam a compra dos atestados falsificados. Em um primeiro momento, Neto, como também é conhecido, questionou como a pessoa entrou em contato e conseguiu o telefone dele. Logo na sequência, ele aceita a justificativa e explica em detalhes como faz para adulterar os documentos.
Segundo ele, um programa de edição de imagens é utilizado para inserir a data e o nome do funcionário no atestado. Na sequência, o suspeito passa o pix, e com as informações pessoais envia o documento adulterado.
Além das empresas, serviços de saúde e até médicos são vítimas da ação criminosa. Em um dos casos, o colaborador da TVCI pediu para que Oscar mudasse a assinatura, foi então que ele falsificou a assinatura de uma outra médica.
Um procedimento de apuração foi instaurado na UPA. Além disso, o caso foi denunciado às autoridades policiais.
Confira a reportagem completa:
Com informações de Pierre Andrade