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Exclusivo: Autor de estupro em posto de gasolina abandonado, em Paranaguá, pode sofrer nova condenação

Após um trabalho minucioso da Criminalística, o vídeo contendo o estupro foi encontrado no celular do condenado.
Arquivo | Câmera de segurança flagrou o autor levando a vítima para o banheiro do posto desativado, onde ocorreu o abuso sexual.

Nathan de Siqueira Menezes, condenado em junho deste ano pelo estupro de uma jovem em um posto de gasolina abandonado na cidade de Paranaguá, deve responder a um novo processo e consequentemente, pode receber uma nova condenação. A informação foi obtida com exclusividade pela TVCI.

Na época em que o crime ocorreu, a vítima relatou em depoimento que o ato não consentido havia sido gravado pelo agressor. Porém, durante a investigação inicial, a prova não foi localizada, e o processo seguiu sem o registro. O aparelho celular do réu foi encaminhado para perícia e recentemente, o Ministério Público do Paraná recebeu o retorno da criminalística. Após um trabalho minucioso, o vídeo contendo o estupro foi encontrado.

“O laudo trouxe a informação de que o registro não foi compartilhado; ele foi gravado e armazenado. E dentro do dispositivo, houve uma tentativa de induzir a erro no momento em que esse dispositivo fosse analisado — o vídeo foi trocado de pasta e incluído em uma pasta com senha — alguns artifícios para que essa prova não fosse encontrada pelo poder público”, afirmou a promotora de Justiça, Simone Berci Francolin.

Com a descoberta do registro, em setembro deste ano, dois meses após a condenação, uma nova denúncia foi oferecida. Nathan deverá responder agora por fraude processual e registro não autorizado de intimidade sexual.

“Esse novo processo apura a prática de dois crimes diferentes: o de expor a intimidade sexual por meio de uma gravação — ele registrou o ato de violência, de estupro, sem a autorização da vítima — e também o crime de fraude processual, que além de ele ter cometido o primeiro crime, tentou induzir a Justiça a erro”, explicou a assistente de acusação, Thaise Mattar Assad.

A expectativa da assistência de acusação é que, caso condenado novamente, a nova sentença interfira diretamente na primeira condenação.

“Pode haver o somatório dessas penas, o que vai interferir em eventual progressão de regime. Ele terá agora uma punição ainda maior, que vai de encontro com o que a gente queria desde o início”, destacou a advogada.

A produção da TVCI também procurou a defesa de Nathan, que informou que já apresentou a defesa prévia e que o réu foi comunicado.

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