A TVCI mostrou com exclusividade o momento em que Nathan de Siqueira Menezes, de 20 anos, foi transferido da Delegacia Cidadã de Paranaguá para a cadeia nesta quarta-feira (26). Ele foi flagrado por câmeras de segurança levando uma jovem para o banheiro de um posto de combustível desativado, onde a abusou sexualmente no final do mês de fevereiro, no bairro João Gualberto.
No momento da transferência, Nathan, que estava com o rosto coberto e algemado, foi questionado sobre a autoria do estupro, mas se manteve em silêncio. Segundo a delegada de Polícia Civil, Maluhá Soares, o suspeito foi acompanhado do advogado e de familiares.
O acusado era procurado da justiça desde o dia 17 de março, quando o desembargador Ruy A. Henriques, da 5ª Câmara Criminal, acatou o recurso do Ministério Público que pedia a prisão preventiva. “Na manhã de hoje (26), Nathan de Siqueira Menezes compareceu na sede da Subdivisão Policial de Paranaguá para se entregar à justiça, em razão do mandado de prisão preventiva em aberto que há em seu desfavor pelo crime de estupro, expedido em 17 de março de2025. Nathan se encontrava foragido em outro Estado e hoje se apresentou na delegacia, acompanhado de seu advogado e familiares. Agora ele será encaminhado ao Depen e ficará à disposição da Justiça”, disse Maluhá Soares à TVCI.
A advogada Thaíse Mattar Assad, assistente de acusação, se pronunciou por meio de nota e destacou que “a prisão do agressor é um importante passo para a efetivação da justiça”.
Relembre o crime
O crime aconteceu na madrugada do dia 23 de fevereiro quando a vítima saiu de uma casa de shows e apresentou vontade de ir ao banheiro, sendo conduzida pelo acusado até o local, onde foi abusada sexualmente.
De acordo com a delegada da PCPR, Maluhá Soares, a vítima e o suspeito não tinham nenhum relacionamento amoroso, mas se conheciam por frequentarem a mesma academia. “Durante a festa, eles se aproximaram e, ao deixarem o local, a vítima manifestou o desejo de ir ao banheiro. O suspeito afirmou que havia um banheiro em um posto de gasolina abandonado e a levou até o local, onde teria cometido o crime”, explica.
O pedido de prisão do acusado foi sido negado duas vezes pelo juiz Brian Frank, da 2ª Vara Criminal de Paranaguá. Em uma instância superior, o desembargador Ruy A. Henriques, da 5ª Câmara Criminal, acatou o recurso do MP na noite da sexta-feira (14).
O poder judiciário havia concedido liberdade ao denunciado com medidas cautelares, com o uso de tornozeleira eletrônica, no entanto, Nathan não compareceu ao Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) para a instalação do monitoramento.