Com informações da SindSaúde-PR
Servidores da Secretaria de Estado da Saúde (SESA) começaram nesta terça-feira (12) uma greve para reivindicar direitos negados pelo Governo do Estado. A decisão foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária no último dia 7 de abril e o principal motivo da greve é a falta de reajuste da inflação nos salários. Segundo a última projeção do SindSaúde, em maio, mês da data base, a defasagem salarial vai ultrapassar 36%.
Funcionários do Hospital Regional do Litoral que são concursados pela Secretaria de Estado da Saúde (SESA) aderiram à greve para reivindicar o reajuste salarial e estão há dois dias parados na frente do hospital como forma de manifestação.
Na última sexta-feira (08), o Sindicato enviou um ofício para a Secretaria de Administração e Previdência (SEAP) e para a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) sobre a decisão da categoria e pedindo audiência emergencial. No entanto, até o momento desta comunicação, o governo não respondeu. “Ratinho Junior continua ignorando os servidores que estão na linha de frente do combate à pandemia. Em público o governador rasga elogios ao pessoal da Saúde, mas na verdade ele ignora a categoria e suas reivindicações”, diz a coordenadora geral do SindSaúde-PR, Olga Estefania.
No ofício enviado ao governo, os representantes do sindicato pedem a audiência para definir em comum acordo o percentual de servidores necessários para manter o atendimento. “O SindSaúde-PR se compromete a manter todos os serviços de manutenção e suporte à vida. No entanto, parece que o governo não considera a Saúde uma atividade essencial, pois sequer respondeu aos ofícios que avisam sobre a greve”, frisa a coordenadora.
A última atualização salarial de acordo com a inflação ocorreu em 2016. Desde então, o governo concedeu 2% em janeiro de 2020 e mais 3% em janeiro de 2022. Além da reposição da inflação nos salários, as servidoras e servidores da SESA reivindicam o fim da privatização da Saúde e o fim das contratações de profissionais por meio de cooperativas, terceirizações e quarteirizações.
A produção da TVCI entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde para saber o posicionamento do Governo, que em nota respondeu estar monitorando a situação e que não registrou, até o momento, impacto nos atendimentos disponibilizados nas unidades próprias do Estado. Sobre a reivindicação dos salários, a Secretaria não respondeu.