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Ilha das Cobras tem preparação para construção da Escola do Mar

Por: Marcelle Nogueira Começou nesta segunda-feira (14) as obras para transformar a antiga residência oficial de veraneio do governador do Estado em escola de gastronomia, turismo e educação ambiental. O investimento do Governo, feito pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e Turismo no projeto é de R$ 2,2 milhões – R$ 1,8 milhão na […]
Por: Marcelle Nogueira

Começou nesta segunda-feira (14) as obras para transformar a antiga residência oficial de veraneio do governador do Estado em escola de gastronomia, turismo e educação ambiental.

O investimento do Governo, feito pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e Turismo no projeto é de R$ 2,2 milhões – R$ 1,8 milhão na reforma estrutural das cinco edificações existentes no local e mais R$ 400 mil na elaboração do plano de manejo do parque.

“O que era usado para o lazer da família do governante passará a ser um instrumento de educação para milhares de pessoas no Paraná. O mundo moderno não admite mais essas mordomias. É um compromisso meu acabar com tudo o que for supérfluo no Estado”, destaca o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

O primeiro grupo de operários já firmou acampamento no Parque Estadual da Ilha das Cobras. Primeiro realizaram um inventário geral, finalizado ainda na segunda-feira, seguido por uma grande limpeza que iniciou na terça-feira (15). A partir da limpeza concluída, a equipe avança para a obra estrutural, começando pela troca do telhado, da casa (que por anos atendeu ao chefe do Poder Executivo do Paraná). O prazo de conclusão é de aproximadamente um ano.

“Essa primeira fase vai demorar de dois a três meses. O abandono acabou com o detalhado e foi responsável pela infiltração de água no imóvel. Conforme formos avançando, vamos ampliar o número de trabalhadores para entregar tudo a tempo”, explica o engenheiro responsável pela obra, Leonardo Patrício Valério.

É justamente a residência oficial, uma casa de plano baixo cercada de conforto como piscina e churrasqueiras, que vai abrigar a futura escola. Madeiras descompensadas, corrimões enferrujados e ventiladores desmontados indicam que por ali não passava ninguém oficialmente há muito tempo. E também que a empreitada vai dar trabalho. “Sabe como é reforma, não é. É só começar a mexer para encontrar surpresas inesperadas”, afirma o engenheiro.

Dificuldades 

A Reformulação precisará de um grande amparo logístico para avançar. Os materiais para a construção só podem chegar à ilha por meio de balsas, com saídas de Paranaguá ou Pontal do Paraná. Após o desembarque, são mais cerca de 300 metros de caminhada para levar os insumos até o ponto da reforma.

Projeto

A Ilha das Cobras vai se transformar em uma ilha sustentável, com foco na educação ambiental e no ensino profissionalizante.

Além da reformulação da sede principal, o programa contempla a reforma de duas edificações à beira do mar. Uma delas será transformada em laboratório para pesquisas e a outra em alojamento para os próprios pesquisadores. Haverá ainda um ponto de segurança e outro para guardar o gerador de energia elétrica.

A Copel confirmou o investimento de pouco mais de R$ 4 milhões na implantação de um sistema de geração solar-fotovoltaica associado a baterias de última geração para fornecer a eletricidade necessária à ilha. A Sanepar, por sua vez, vai construir no local uma estação de tratamento e distribuição de água.

“A Ilha das Cobras é um local de uma riqueza ambiental imensa. Pretendemos com esse projeto aliar turismo, gastronomia, hotelaria, capacitação, pesquisa e educação ambiental. Um programa de meio ambiente, seguindo os moldes do que o Projeto Tamar faz em outros pontos do País”, afirma o diretor de políticas ambientais da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Rafael Andreguetto.

Aulas

Além das capacitações voltadas para a gastronomia regional, turismo e hotelaria, o Governo do Estado planeja oferecer outros cursos no local, como de aquicultura (produção de ostras, mariscos e camarão) e de educação ambiental. A ideia não é ter uma escola focada em um único tema, mas diversificar as atividades de acordo com as necessidades da região, incluindo aulas de idioma e educação ambiental.

O local também tem potencial para se transformar em um centro de apoio ao artesanato caiçara regional. Há possibilidade, ainda, de abrigar um restaurante-escola aberto para a visitação de turistas, e locais para conferências e apresentações.

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