Levantamento realizado pelo Portal da TVCI, com base nos registros da Polícia Militar, aponta que a cada 42 horas é registrado um caso de violência doméstica no litoral paranaense. O dados levam em consideração o mês atual. Ao todo, entre os dias 1 de julho e 21 de julho, foram 12 registros de violência desta natureza na região.
Dois desses casos aconteceram no último final de semana e em Paranaguá. Na tarde do último sábado, uma jovem de 18 anos convulsionou ao discutir com o companheiro. Segundo a mãe da vítima, a filha sofre agressões dentro do relacionamento e o marido impede que a jovem saia de casa. Ao ser encaminhada para o HRL, a vítima informou que teve crise convulsiva durante a discussão com o marido, mas a equipe médica não visualizou nenhuma lesão aparente na mulher.
No segundo caso, registrado na tarde do domingo, um homem de 53 anos desferiu um soco contra a companheira após uma discussão do casal, que vive junto há 30 anos. Segundo relatos da vítima, o casal está em processo de separação, pois o homem possui problemas com bebida alcoólica. A mulher optou por não representar contra o ex-companheiro, só gostaria que ele deixasse a casa.
Para a Polícia Militar, o homem informou que houve discussão, mas que não agrediu a convivente. Como estão em processo de separação, o homem estaria aguardando a venda do imóvel para sair definitivamente da casa. A equipe da PM fez orientação ao homem e aguardou no local até que ele deixasse o imóvel.
Esses casos destacam a gravidade da violência contra a mulher.
Média nacional é superior
Apesar de elevada, a média de violência doméstica no litoral paranaense é bem inferior a nacional. Índices divulgados no Anuário da Segurança Pública apontam que no Brasil, uma mulher é vítima de de violência doméstica a cada três horas. Além disso, todas as modalidades de violência contra a mulher registraram aumento no país. O documento mostra ainda que a maioria das vítimas são mortas pelos parceiros e dentro de casa.
22 de julho
O Dia de Combate ao Feminicídio no Paraná faz memória à advogada Tatiane Spitzner. Moradora de Guarapuava, ela foi morta pelo próprio companheiro na madrugada de 22 de julho de 2018, no apartamento onde viviam.