Após a tragédia registrada em Paranaguá nesta quinta-feira (25), que resultou na morte de uma criança de três anos afogada em uma cava, a Polícia Civil iniciou as investigações para apurar o que ocorreu antes de a menina desaparecer na água. Durante as oitivas de testemunhas, a mãe da criança foi presa pelo crime de abandono de incapaz.

“A criança chegou à unidade levada por pessoas que estavam na região, e a mãe apareceu somente depois da entrada da vítima”, afirmou a delegada da Polícia Civil, Anielen Matias.

Após a confirmação da morte de Ana Beatriz, os agentes foram até o local onde ocorreu o afogamento. Conforme a apuração, familiares e amigos estavam reunidos em uma confraternização, e a criança teria ficado sem supervisão próxima à cava.

Para a delegada, os elementos colhidos evidenciam o crime de abandono de incapaz.

“As informações mostram que os primeiros socorros foram prestados por terceiros e que a mãe havia ingerido bebida alcoólica ao longo do dia e desde a madrugada”, disse.

A mãe da criança foi presa em flagrante e encaminhada ao sistema penitenciário. A Justiça não concedeu o direito de a mulher participar do velório da filha, que acontece na manhã desta sexta-feira (26), na capela municipal, no Centro de Paranaguá. De acordo com informações preliminares, o padrasto da criança, que também estava no local onde ocorreu o afogamento, teria sido agredido por populares ao retornar para o bairro onde a família reside.

Ana Beatriz, de três anos, participava regularmente de atividades na Associação Casa Missionária (ACM), na Vila Santa Maria, em Paranaguá. A morte precoce da criança causou comoção no litoral, principalmente entre colegas do projeto, voluntários e moradores do bairro. 

O Conselho Tutelar também acompanha o caso de perto, visto que a mãe da criança tem outros filhos menores de idade.