O Ministério Público do Paraná ofereceu denúncia contra Milton dos Santos, conhecido como Miltinho Ribeiro, por duplo homicídio qualificado, duas tentativas de homicídio qualificado e omissão de socorro. O ex-vereador de Matinhos é acusado de provocar um atropelamento que resultou na morte de um casal, em agosto deste ano; ele está preso desde o dia 10 de setembro. A ação foi proposta em 26 de setembro e já foi recebida pelo Judiciário.

De acordo com as investigações, Miltinho estava embriagado e dirigia em alta velocidade quando atingiu e matou o casal que pedalava pela PR-407, em Paranaguá. Além disso, ele estava com o direito de dirigir cassado.

O réu perdeu o controle do veículo, que capotou diversas vezes antes de atingir os ciclistas, que morreram no local. Em seguida, ele fugiu sem prestar socorro, apresentando-se à polícia apenas três dias depois. Outras duas pessoas que estavam no carro sofreram lesões corporais, mas sobreviveram após receber atendimento médico.

Segundo a promotora de Justiça Tatiana Sigal Zago, o processo segue agora seus trâmites:
“Serão ouvidas testemunhas e, ao final, o Ministério Público espera que o processo seja encaminhado para julgamento perante o Tribunal do Júri”, destacou.

Relembre o caso:

Na noite de domingo, 3 de agosto, o casal de empresários Peterson e Gisele trafegava de bicicleta pelo acostamento da rodovia PR-407 quando foi atingido por uma caminhonete Nissan Frontier, conduzida pelo ex-vereador. Com o impacto, as vítimas não tiveram chance de serem socorridas com vida.

Miltinho estava acompanhado de outras duas pessoas no veículo, que também ficaram feridas na colisão. Porém, após o acidente, ele deixou o local sem prestar socorro às vítimas. Além disso, estava com a CNH cassada e, mesmo ciente da situação, dirigia o veículo no dia do acidente.

Dias depois, Miltinho se apresentou à Delegacia da Polícia Civil de Paranaguá, assumindo ser o autor do acidente. Em depoimento à delegada responsável pelo caso, Maluhá Soares, afirmou que deixou o local para buscar ajuda, pois acreditava que seu irmão havia morrido no impacto da colisão. Na ocasião, não houve prisão em flagrante, e ele foi liberado após prestar depoimento.

A prisão do ex-vereador ocorreu pouco mais de um mês após o início das investigações.