O Ministério Público do Paraná (MPPR) apresentou denúncia criminal por homicídio culposo contra o motorista e o proprietário do caminhão envolvido no acidente que vitimou nove pessoas na BR-376, em Guaratuba, no dia 20 de outubro. O motorista e o dono do caminhão também responderão por lesão corporal culposa contra o único sobrevivente da tragédia.
De acordo com a denúncia do MPPR, o motorista dirigiu de forma “imprudente, evidenciada pelo excesso de velocidade; imperita, consistente na falta de habilidade técnica e desconhecimento tanto da via quanto do veículo que conduzia; e negligente, consistente em deixar de verificar as boas condições e funcionamento dos freios do veículo”. Já o proprietário do veículo agiu de modo “negligente, consistente em deixar de garantir a manutenção eficiente do sistema de freios do semirreboque de sua propriedade”.
Além da punição aos denunciados nos termos previstos pelo Código de Trânsito Brasileiro, o MPPR requereu na denúncia a “fixação de valor mínimo de reparação em favor da vítima sobrevivente e dos herdeiros das vítimas fatais”.
O acidente
Na noite de 20 de outubro de 2024, o caminhão carregado com peças automotivas iniciou a descida da serra pela BR-376, em Guaratuba, quando atingiu excesso de velocidade e colidiu contra a traseira da van, que transportava integrantes de uma delegação de remo de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Com o impacto, a van foi arrastada para fora da pista, e o caminhão tombou sobre a van, causando a morte de nove pessoas: sete atletas do projeto “Remar para o Futuro”, com idades entre 15 e 20 anos, o técnico do time e o motorista. Apenas um adolescente sobreviveu.