Rodrigo Felix Leal/SEIL
Com informações da Portos do Paraná
A empresa pública Portos do Paraná, retomou nesta semana, as atividades de monitoramento ambiental, engenharia e comunicação relacionadas às obras de dragagem por derrocamento de uma pequena parcela do volume rochoso conhecido como a “Pedra da Palangana”.
Na última sexta-feira (20), a empresa publicou no ar um site com informações completas sobre todo o processo, incluindo vídeo explicativo, perguntas e respostas, materiais gráficos, matérias e histórico.
No local, está disponibilizado, inclusive, o cronograma para a obra que foi atualizado pelo Consórcio Boskalis/Fabio Bruno/Sli/Dec, ganhador da licitação, responsável pela execução do empreendimento.
Anúncios impressos e spot de rádios também já começam a circular na mídia local.
ENGENHARIA – No acesso ao porto, na altura da Pedra da Palangana, embarcações e boias já estão posicionadas, porém não é para o início imediato da obra. A mobilização ocorre para a testagem dos equipamentos de proteção que serão utilizados.
O consórcio responsável realiza o teste da cortina de bolhas, medida de mitigação que será utilizada durante as obras. Trata-se de um dispositivo formado por tubos perfurados, por onde é bombeado ar através de compressores. Esses tubos serão dispostos sobre o leito marinho, e as bolhas oriundas do ar bombeado formarão uma cortina de bolhas no entorno de uma área pré-determinada. Essa cortina tem como objetivo atenuar a propagação da onda de pressão na coluna d’água, buscando mitigar os possíveis impactos do desmonte das rochas à fauna local.
AMBIENTAIS – Na última segunda-feira (16), foram reiniciados os monitoramentos ambientais. Neste momento que antecede a obra, os programas incluem o monitoramento da comunidade planctônica, bentônica, ictiofauna, carcinofauna, cetáceos e quelônios, além do tamponamento das tocas localizadas na Pedra, do monitoramento de ruídos aquáticos e a comunicação social. Novas visitas serão feitas às comunidades pesqueiras para esclarecer possíveis dúvidas restantes, iniciando nesta sexta-feira (20), na Vila Guarani e Ilha dos Valadares.
MONITORAMENTO – Além da continuidade dos demais programas de monitoramento, durante a obra ainda haverá acompanhamento da variação de pressão da coluna d’água. Antes de cada desmonte, durante a noite, redes de pesca serão colocadas próximas às rochas e os peixes capturados serão transferidos para longe do local das obras.
Mergulhadores também vão verificar a presença de animais e tocas, seguindo todos os cuidados para garantir-lhes bem-estar e segurança. Observadores de bordo farão o avistamento de botos e golfinhos antes e durante as obras. Se um animal se aproximar a uma distância inferior a 1.000 metros da obra, essa será paralisada.