A operação “Fake Care”, deflagrada pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) na manhã desta quinta-feira (9), teve como alvo uma organização criminosa envolvida em crimes contra a administração pública na área da saúde de Fazenda Rio Grande. Na ação, cinco pessoas foram presas, entre elas o prefeito do município, Marco Marcondes.
A investigação foi conduzida pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos (SubJur) e contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), responsável pelo cumprimento dos mandados expedidos pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR).
De acordo com o MPPR, a investigação apura corrupção ativa e passiva, contratação direta ilegal, peculato e lavagem de dinheiro, envolvendo servidores públicos e particulares.
O esquema consistia em contratações direcionadas de uma empresa responsável por serviços de testagem domiciliar (testes rápidos) e levantamento estatístico, utilizadas para desviar recursos públicos com a participação de servidores do alto escalão mediante o pagamento de propina.
O prejuízo ao erário apurado até o momento ultrapassa R$ 10 milhões.
Além das prisões, o TJPR determinou a suspensão do exercício da função pública e o afastamento dos cargos de quatro investigados. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos endereços, incluindo residências, gabinetes na prefeitura e escritórios em Curitiba e Fazenda Rio Grande.
A prefeitura de Fazenda Rio Grande informou por meio de nota que:
“Está acompanhando o andamento do procedimento na manhã de hoje envolvendo a empresa contratada.
Todas as informações e documentos solicitados pelas autoridades competentes foram prontamente fornecidos. A administração municipal permanece
colaborando integralmente com as investigações e reforça seu compromisso com a transparência e o respeito à legalidade, como sempre pautou suas ações.As atividades da Prefeitura seguem normalmente, garantindo a continuidade
dos serviços públicos essenciais à população.”