O trabalho infantil é uma realidade presente na cidade de Paranaguá. Todos os dias, crianças são vistas nas ruas desacompanhadas, pedindo dinheiro ou vendendo produtos em bares, lanchonetes e pontos com grande concentração de pessoas.
Segundo a Polícia Civil e a Prefeitura de Paranaguá, os casos chegaram aos órgãos de proteção que, diariamente, buscam garantir o direito das crianças e adolescentes.
O delegado de Polícia Civil, Emmanuel Brandão, destacou que o trabalho infantil é um ciclo vicioso entre as famílias. “A questão do trabalho está muito presente aqui na cidade, principalmente, em comunidades tradicionais e em famílias mais humildes, que até por questões socioeconômicas essas crianças precisam trabalhar desde cedo para garantir o sustento da própria família, em outros casos até por má fé dos genitores que utilizam os filhos para fazer algumas vendas na cidade, fazendo com que a população se compadeça e colabore com esse tipo de situação que acaba prejudicando a criança e o seu futuro”, disse o delegado Emmanuel Brandão, do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (NUCRIA).
De acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), qualquer forma de trabalho infantil é proibida até os 16 anos, exceto na condição de Jovem Aprendiz a partir dos 14 anos. O ECA reforça ainda que crianças em situação de rua, pedindo dinheiro ou vendendo qualquer tipo de produto não podem ser tratadas como caso de policia, mas de proteção social.
Um levantamento realizado pela Comissão de Erradicação do Trabalho Infantil de Paranaguá aponta que crianças encontradas nesses cenário têm entre 10 e 14 anos. O diagnóstico social aponta ainda que a região do Terminal Urbano, no Centro, é o principal espaço onde crianças foram vistas sozinhas durante a noite vendendo produtos ou pedindo dinheiro.
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Imagem: TVCI 






