Policiais militares do 9º Batalhão se despediram, neste fim de semana, do soldado Fernando Rodrigues, de 37 anos. A morte precoce do PM ocorreu após o atendimento de uma ocorrência de perturbação do sossego no bairro Emboguaçu, em Paranaguá.

De acordo com informações divulgadas pela Polícia Militar nesta segunda-feira (4), durante a ocorrência, os envolvidos teriam desacatado e resistido à abordagem dos militares.

A situação teve início no final da noite da última sexta-feira (1), quando vizinhos denunciaram à polícia que, em uma residência no bairro Emboguaçu, estava acontecendo uma festa desde o período da tarde. Segundo a denúncia, os participantes estariam sob efeito de bebidas alcoólicas ou entorpecentes, fazendo bagunça e com o som extremamente alto.

No local, os militares fizeram contato com dois homens que, segundo o boletim de ocorrência, apresentavam sinais de embriaguez e estavam bastante alterados. Eles teriam questionado o motivo da presença da polícia e, ao serem informados sobre o crime de perturbação do sossego, desobedeceram às ordens para abaixar o som, iniciando uma série de xingamentos contra os agentes de segurança.

O boletim cita ainda que foi dada voz de prisão aos irmãos, que “resistiram ativamente, tentando por diversas vezes agredir os policiais, além de instigarem familiares a entrarem na frente para dificultar a ação da polícia”. Durante a confusão, os agentes utilizaram espargidor de pimenta, mas os dois homens conseguiram voltar para dentro do terreno.

Foram solicitados reforços e com o apoio de uma equipe da ROTAM, os irmãos foram capturados. Durante o encaminhamento da dupla para a viatura, o soldado Fernando Rodrigues teria passado mal e desfalecido, segundo a PM, em decorrência do esforço excessivo durante a resistência dos abordados.

Os dois irmãos foram encaminhados ao Batalhão de Polícia Militar e optaram por permanecer em silêncio. Após os procedimentos legais, foram liberados na presença de familiares e advogado.

A TVCI procurou a defesa dos irmãos envolvidos na ocorrência de perturbação de sossego. Por meio de nota, o advogado Felipe Andrioli informou que:

“Não houve a prática de nenhuma ação por parte dos irmãos que tenha constituído causa do resultado morte do policial. Ao que tudo indica, a morte do policial se deu em razão de causa pré-existente, totalmente alheia e independente à ocorrência.

A defesa dos irmãos reitera que não há relação de causalidade entre a morte do Soldado Fernando Rodrigues e a conduta dos irmãos, de modo que o resultado morte não pode ser imputado”, diz parte do documento.