Na manhã desta terça-feira (17), agentes da Polícia Civil deflagraram uma operação contra o tráfico de animais silvestres e exóticos no Paraná e em outros quatro estados, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso envolvido nesse tipo de crime.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em residências, clínicas veterinárias e cativeiros. O grupo investigado é considerado um dos principais atuantes na área; dentro da estrutura da organização, foram identificados os principais distribuidores em âmbito nacional e regional.
A ação conta com o apoio da Polícia Militar, das Polícias Civis dos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais, além do Ibama, do Instituto Água e Terra (IAT), da Prefeitura de Curitiba e de organizações ambientalistas.
A investigação teve duração de dois anos. Ao longo desse período, foram monitorados grupos virtuais ligados ao tráfico de animais silvestres da fauna brasileira e de animais exóticos provenientes de outras partes do mundo.
“Esses grupos, que concentram mais de 20 mil membros, se organizam para a venda de animais em todo o território nacional, tanto no atacado quanto no varejo”, afirma o delegado da PCPR Guilherme Dias, responsável pela investigação.
Entre as espécies traficadas estão onças, tucanos, araras, macacos, serpentes, aranhas e dezenas de aves nativas e exóticas.
“Infiltramos agentes em grupos digitais e descobrimos como funciona o comércio ilegal de animais no Brasil. Hoje, ele ocorre majoritariamente de forma online, diferente dos anos anteriores, quando se concentrava em feiras livres”, afirma o delegado.
Os crimes investigados são tráfico de animais, maus-tratos, falsificação de documentos públicos, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
No Paraná, os mandados foram cumpridos nas cidades de Curitiba, São José dos Pinhais, Campina Grande do Sul, Fazenda Rio Grande, Matinhos, Piraquara e Almirante Tamandaré.
Em São Paulo, nas cidades de São Paulo (capital), Santana de Parnaíba e Santos.
No estado de Santa Catarina, a ação ocorreu no município de Ascurra.
Já em Minas Gerais, os mandados foram cumpridos em Santa Luzia.
Com informações da Polícia Civil.