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Vídeo: Presença de plânctons ilumina a baía de Paranaguá 

Os efeitos causados pelas presenças dos plânctons bioluminescentes causam efeitos luminosos
Reprodução: Ronaldo Damasceno

Conhecido por sua água de tonalidade escura, o mar que banha a baía da cidade de Paranaguá ganhou uma nova cor nos últimos dias. Eventos de bioluminescência foram registrados por moradores do municípios e embora o fenômeno chame a atenção pelos efeitos brilhantes, essa é uma situação comum e acontecem devido a florações da microalga fitoplanctônica. Ou seja, nada mais é que o acúmulo destas microalgas em algumas regiões .

A Coordenadora do Laboratório de Ficologia e qualidade de Água Marinha da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e Pós-doutora em biologia marinha, Franciane Pellizzari, conversou com a produção da TVCI e explicou como o fenômeno acontece.

“Estas microalgas possuem capacidade de bioluminescência, dando à água um brilho azul quando visto à noite. O fenômeno é a transformação da energia química em energia luminosa. Isto inicia-se por atrito, ou estresse mecânico. Ou seja, podem ser vistos em águas agitadas, ao bater na água, nadar, em remadas próximas à costa ou quando os barcos a motor passam.”

Esse atrito chega ao interior das células, causando uma reação que emite o fóton de luz. O fenômeno da bioluminescência é mais comum de ser visto no verão, devido ao acúmulo de microalgas fitoplanctônicas. 

A professora explica ainda que “embora seja mais comum na primavera e verão, essas florações podem ocorrer em qualquer época do ano se existir poluição orgânica na água. A densidade varia dependendo da quantidade de nutrientes na água.”

 

Risco para seres humanos 

De forma direta, esses eventos não são tóxicos ou nocivos, e em geral não causam alergia – dependendo da sensibilidade de cada um – alerta a especialista. 

A professora do curso de biologia da Unespar, Cassiana Baptista Metri explica que de forma indireta, não é indicado o consumo de ostras e mexilhões, enquanto essas aglomerações são registradas. Essas espécies se alimentam e filtram esses organismos, podendo acumular toxinas que podem fazer mal durante a ingestão. 

 

Efeito único

Embora a espécie não seja visível a olho nu, os efeitos causados pelas presenças dos plânctons bioluminescentes, além de serem visíveis, causam um efeito único que encanta quem presencia. 

O fotógrafo e mergulhador Ronaldo Damasceno, registrou o fenômeno na noite da última quarta-feira.

 

Durante uma remada noturna nesta quinta-feira, remadores da Paraná Hoe também fizeram vídeos do fenômeno.

 

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