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Caso Isabelly: júri popular é adiado devido a falta de laudo “importante para a condenação do acusado”

O júri popular de Éverton Vargas, autor confesso do disparo que matou a youtuber Isabelly Cristine Domingos dos Santos, foi adiado. A decisão foi publicada no final da tarde desta sexta-feira (04) pela juíza Cristiane Dias Bonfim Godinho. O julgamento estava previsto para começar as 09h da próxima segunda-feira (07). O adiamento foi provocado por […]

O júri popular de Éverton Vargas, autor confesso do disparo que matou a youtuber Isabelly Cristine Domingos dos Santos, foi adiado. A decisão foi publicada no final da tarde desta sexta-feira (04) pela juíza Cristiane Dias Bonfim Godinho. O julgamento estava previsto para começar as 09h da próxima segunda-feira (07).

O adiamento foi provocado por um erro processual. Conforme publicado pela juíza, uma reconstituição do crime foi realizada, mas não foi anexada ao processo. Agora, a Justiça solicitou à Polícia Civil que forneça todo o material produzido.

“[As imagens], de acordo com a Delegada de Polícia que relatou as investigações, demonstram claramente que o carro da vítima não estava em alta velocidade, tampouco realizou manobra conhecida como ‘cavalo de pau’ e que o acusado Everton teria desembarcado do veículo para ter ângulo para efetuar os disparos”, relata, em nota, a advogada Thaise Mattar Assad, que defende a família de Isabelly na condição de assistente de acusação.

Ainda em nota, a advogada destacou: “com a intenção de disponibilizar aos jurados mais uma importante prova de acusação e evitar nulidades futuras – que prejudicariam os cofres públicos, trariam tumulto processual e ainda mais dor e sofrimento para os familiares da vítima –, esta assistência de acusação, em concordância com pleito ministerial de redesignação, pugnou pela urgente juntada da prova de acusação e redesignação do júri para a data mais próxima possível”.

Para a assistência de acusação, a reconstituição “é importante para a condenação do acusado, é mais um item para corroborar com tudo o que a gente já tem”. A defesa de Éverton Vargas também havia pedido a inserção do mesmo item no  processo.

A mãe de Isabelly, Rosania Domingos, recebeu a notícia do adiamento na tarde de hoje e afirmou que vai seguir na luta por justiça pela filha.

Versão da defesa de Vargas

O advogado Claudio Dalledone Junior, que defende Éverton Vargas, também se pronunciou por meio de nota a respeito do adiamento do júri: “o processo estava errado, imperfeito sem as provas que contavam. Isso interessa tão somente aquelas que advogam a punição em homicídio qualificado de Everton Vargas. Nós queremos um julgamento justo e vamos trabalhar por isso. E a Justiça tem nos respondido. Um julgamento e jamais um linchamento”, disse Dalledone.

Sem tornozeleira eletrônica

Na decisão de hoje, a juíza também decidiu que Éverton Vargas não ficará mais sob monitoração eletrônica. Vargas usava tornozeleira  eletrônica desde janeiro de 2021, quando teve a prisão preventiva convertida em domiciliar. Dessa forma, ele passa a responder pelo crime em liberdade.

Relembre o caso:

No dia 14 de fevereiro de 2018, por volta de duas horas da manhã, Isabelly foi baleada na rodovia PR-412, no balneário Canoas, em Pontal do Paraná. A youtuber voltava de uma casa noturna, onde havia gravado vídeos para seu canal, na companhia da mãe e do padrinho.

O carro onde estava Isabelly foi fechado pelo carro da família Vargas e, com o incidente, saiu da pista. Quando o padrinho  de Isa, como era carinhosamente  chamada, reposicionou o carro na pista, Éverton Vargas disparou vários tiros em direção ao veículo. Um dos tiros atingiu a cabeça da adolescente que chegou a ser socorrida, mas morreu naquele mesmo dia, no Hospital Regional do Litoral.

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