Na última terça-feira (23) os vereadores de Matinhos que compõe a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), responsável por investigar as denúncias de rachadinha, feitas contra o vereador Gerson Júnior (PL), realizaram mais uma reunião remota para definir os próximos passos do processo.
Segundo o relator da CPI, Lucas Pesco (PSC), em um primeiro momento a comissão parlamentar decidiu enviar um ofício para a Delegacia de Polícia Civil de Matinhos solicitando informações do processo que envolvem o vereador. “Solicitamos todos os autos do processo para que nas próximas reuniões possamos tomar as decisões mais corretas”, declarou Pesco.
A instauração do processo teve início no dia 7 de junho deste ano e, de acordo com o requerimento, foi criada para “apuração das denúncias vinculadas através de rede de televisão e redes sociais sobre uma possível prática de concussão (rachadinha) supostamente praticados pelo vereador Gerson da Silva Junior”.
Na época, o presidente da câmara, Mario Braga Neto (Pode) informou que “tomará as medidas legais necessárias à elucidação das acusações com a adoção dos procedimentos legais e regimentais cabíveis de forma a garantir a transparência e a dignidade de seus trabalhos perante a sociedade”.
Após o cumprimento interno de regimento da Câmara Municipal, a composição da CPI ficou definina como:
Miltinho Ribeiro (PODE) – Presidente;
Lucas Pesco (PSC)- Relator;
Léo Campos (PSL)- Membro.
Relembre o caso
No dia 28 de maio de 2021, a então assessora parlamentar Thalia de Fátima Burzinski registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Matinhos para denunciar supostas práticas de rachadinha e de assédio sexual por parte do vereador Gerson Junior.
A jovem entregou à polícia vídeos do momento em que levava R$ 2 mil à casa do vereador. Nos vídeos, ela afirma que o montante é parte de seu salário e que ela é obrigada a fazer a devolução. A TVCI também teve acesso aos vídeos, que foram exibidos na programação da emissora.
No dia 31 de maio, Thalia foi novamente à delegacia e pediu para mudar o depoimento. Na nova versão, ela disse que foi pressionada por um grupo político a realizar as denúncias.
O caso segue sendo investigado, também, pela Polícia Civil.