A Polícia Civil do Paraná (PC PR) prendeu no final da tarde desta quarta-feira (31), o principal suspeito de cometer uma tentativa de feminicídio na sexta-feira (19), contra a sua ex-companheira, após atirar na vítima quando ela chegava em uma academia, no bairro Palmital. O homem de 52 anos se apresentou na delegacia após ser informado pelo seu advogado que contra ele havia um mandado de prisão preventiva em aberto pelo crime cometido.
“A PC PR empreendeu diligências após a ocorrência dos fatos e na tarde de hoje representamos com a prisão preventiva do suspeito, que foi aceito pelo juiz. Fizemos contato com o advogado do acusado, logo em seguida ele se apresentou e cumprimos o mandado de prisão e ele foi encaminhado para o departamento penitenciário, onde está à disposição da justiça“, disse a delegada Maluhá Soares.
Segundo a delegada, o inquérito segue em aberto, oitivas foram realizadas com a vítima e as testemunhas da situação. Familiares também foram ouvidos sobre as situações que levaram ao agravamento da situação, que passou a ser tratado como crime passional, uma vez que a vítima e o agressor haviam dado fim as suas relações.
“O inquérito continua em andamento e ouvimos algumas pessoas, a perícia está sendo realizada em objetos apreendidos, inclusive no veículo da vítima. Faltam algumas diligências a ser realizadas e após a conclusão do inquérito policial, vamos encaminhar todo o material para a justiça que se encarregará dos trâmites legais“, informou.
Coquetéis Molotov
No dia em que o crime aconteceu, policiais que atendiam a ocorrência receberam informações de testemunhas que o atirador teria dispensando uma mochila, assim que os militares abriram a bolsa, encontraram cinco garrafas de bebida cheias de combustíveis e com tecidos utilizados como uma espécie de bomba caseira. Sobre o material, a delegada disse que todos esses elementos foram inseridos no inquérito.
“Tudo que foi apreendido do momento do crime já foi encaminhado para a perícia e estão sendo analisados. O fato é que ele permanecerá preso até o fim das investigações e a disposição da justiça. A prisão é preventiva e ele responderá por tentativa de feminicídio em descumprimento de medida protetiva de urgência, por agir nesta condição“.