Médica é agredida por paciente em posto de saúde da Ilha dos Valadares e é obrigada a continuar trabalhando

No início da semana, uma médica denunciou um caso de agressão que sofreu de um paciente enquanto fazia atendimento, na unidade de saúde da Ilha dos Valadares, em Paranaguá. A médica trabalha para a Fundação de Assistência à Saúde e fez a denúncia para o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM/PR). A profissional relata […]
Foto: Arte/Michel Moreira

No início da semana, uma médica denunciou um caso de agressão que sofreu de um paciente enquanto fazia atendimento, na unidade de saúde da Ilha dos Valadares, em Paranaguá. A médica trabalha para a Fundação de Assistência à Saúde e fez a denúncia para o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM/PR).

A profissional relata ainda em documento, que a FASP foi omissa e a pressionou a continuar trabalhando após a agressão, mesmo a médica alegando não ter condições físicas ou psicológicas para prosseguir no atendimento.

O caso aconteceu na última terça-feira (10), quando o paciente buscou atendimento e em seguida agrediu gravemente a profissional de saúde sem motivo aparente, de acordo com o relato da mesma, poderia ter causado lesões mais graves, pondo em risco a vida da profissional, se não fosse à intervenção de uma técnica em enfermagem. 

Ainda de acordo com o relato da vítima, o boletim de ocorrência não foi realizado por orientação policial, já que o agressor era uma pessoa conhecida na região e perigoso, podendo colocar sua vida em risco.

A vítima da agressão era a única atuando em pronto atendimento na Ilha dos Valadares, que concentra a maior aglomeração populacional de Paranaguá com mais de 30 mil habitantes. A maioria deles, usuários do SUS.

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar), se manifestou por meio de nota dizendo que “o caso revela a sobrecarga de trabalho e os riscos a que os médicos que atendem na linha de frente estão expostos diariamente. O fato da médica ter sido pressionada a se manter no plantão, mesmo após uma pesada agressão, retrata a precarização do SUS como um todo e deve ser revertida. Pelo bem da saúde e dos profissionais”.

O Simepar ainda ressalta que a identidade dos envolvidos foi suprimida para evitar represálias ou constrangimentos.

A TVCI procurou a Fundação de Assistência a Saúde de Paranaguá (FASP) que respondeu por meio de nota:

“A Fundação de Assistência à Saúde de Paranaguá (Fasp) se solidariza com a profissional médica pela situação ocorrida e informa que forneceu toda a assistência no momento do ocorrido.

A Fasp está acompanhando o ocorrido e ressalta que abriu sindicância para apurar os fatos. A Fundação destaca que já solicitou que a médica se dirija ao Departamento de Saúde Ocupacional para, conforme o verificado, possa prestar apoio e entender os reflexos causados pelo acontecimento em questão.

As unidades de saúde estão sujeitas a situações pontuais como a ocorrida já que atendem pessoas com várias patologias. Há a presença da Guarda Civil Municipal e a situação  foi atípica, contudo, a segurança no local será reforçada”.

A TVCI teve acesso ao documento enviado pela profissional de saúde ao CRM/PR.

Segue:

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