Everton Vargas, autor confesso do crime, aguarda julgamento em prisão domiciliar, sendo monitorado por tornozeleira eletrônica
O crime que chocou o litoral do Paraná em 14 de fevereiro de 2018 completou três anos no domingo (14). Isabelly Cristine dos Santos, que tinha apenas 14 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça e teve morte cerebral decretada pela equipe médica do Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá.
A youtuber foi atingida pelo disparo de arma de fogo quando retornava com a família para Paranaguá de um evento no balneário de Shangril-la, em Pontal do Paraná.
Isa, como era conhecida, possuía um canal no youtube, o Isa Top Show, no qual apresentava entrevistas com artistas renomados. Na noite do crime, ela havia entrevistado o MC Gustta que tinha realizado uma apresentação na região.
Disparo
O assassinato da adolescente ocorreu na PR-412, entre os balneários de Ipanema e Pontal do Sul.
Segundo o boletim de ocorrência, Everton Vargas, que estava acompanhado do irmão Cleverson Vargas, realizou o disparo após se sentir ameaçado por uma manobra brusca feita pelo condutor do veículo em que a adolescente estava.
Os irmãos Everton e Cleverson Vargas foram presos no dia seguinte, em uma casa em Pontal do Paraná. No local, policiais militares encontraram a arma do crime.
Os dois foram autuados em flagrante por homicídio qualificado, entretanto, após alguns meses recluso na prisão, Cleverson Vargas, teve a liberdade decretada e responde pelo crime de embriaguez ao volante, já que o mesmo conduzia o veículo na noite do crime.
Julgamento
Após três anos da morte da adolescente, o autor confesso do assassinato, Everton Vargas, aguarda o julgamento em prisão domiciliar.
De acordo com o magistrado Amin Abil Russ Neto, a estrutura física do Tribunal do Júri da Comarca de Pontal do Paraná, não permite a aplicação dos protocolos de saúde adotados devido a pandemia da covid-19.
O juiz alega que os participantes direitos da sessão de julgamento, bem como jurados dispensados, agentes de segurança, entre outros, estariam expostos ao coronavírus. Sendo assim, ele optou pela não marcação do juri popular até que seja possível a retomada presencial das atividades do poder judiciário.
Na mesma decisão, o juiz converteu a prisão de Everton Vargas em prisão domiciliar com a utilização de tornozeleira eletrônica.
Se condenado, Everton Vargas responderá pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe e porte ilegal de arma.