Polícia Civil investiga possível caso de estupro de vulnerável, em Paranaguá

Vídeo mostra o momento em que três homens carregam a jovem desacordada Essa semana um suposto caso de estupro de vulnerável repercutiu na cidade de Paranaguá. Uma jovem, de 19 anos, que saiu desmaiada de um estabelecimento comercial do município na madrugada do último sábado (09), acordou em um quarto de motel na companhia de […]

Vídeo mostra o momento em que três homens carregam a jovem desacordada

Essa semana um suposto caso de estupro de vulnerável repercutiu na cidade de Paranaguá. Uma jovem, de 19 anos, que saiu desmaiada de um estabelecimento comercial do município na madrugada do último sábado (09), acordou em um quarto de motel na companhia de um homem.

Segundo consta no boletim de ocorrência, a vítima encontrou com duas amigas no pub e permaneceu com elas até às 2h da manhã e, que após esse horário, não se lembra do que aconteceu. De acordo com o relato da jovem, ela acordou assustada e questionou o homem, identificado como Ricardo, sobre o que teria acontecido.

O suspeito respondeu que havia  retirado a vítima inconsciente do estabelecimento e que teria a levado para o motel para dormir, porém, ao se vestir, a jovem percebeu que estava com o shorts rasgado e com sangramento na região íntima. Neste momento ela solicitou que Ricardo a levasse para casa.

Ciente da situação, a mãe da vítima a levou para a UPA de Paranaguá onde a jovem precisou de atendimento médico para a retirada de um absorvente interno. Após o procedimento, a moça foi encaminhada para o Hospital Regional do Litoral para a realização de exames complementares.

Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o exato momento que a vítima é retirada do bar desacordada e carregada por um homem, um dos principais suspeitos do crime. Na gravação é possível ver que além do suspeito que a carregava no colo, mais dois homens, identificados como Thiago e Lucas, a acompanharam para fora do estabelecimento.

Em uma publicação nas redes sociais, Thiago -que aparece de camisa azul no vídeo-  relatou que somente ajudou a carregar a menina porque ela estava mal e que após isso foi para casa. “Há evidências que compravam isso”, destacou.

O segundo suspeito –que aparece de preto– também se manifestou nas redes sociais e disse que tinha ido falar com uns amigos e que depois retornou para dentro do bar.

A produção da TVCI entrou em contato com Ricardo que não respondeu aos questionamentos. Thiago e Lucas também foram procurados pela produção, mas não houve nenhum retorno.

O estabelecimento, de onde a vítima saiu inconsciente, publicou uma nota informando que “apesar da alegada violência ter ocorrido fora das dependências do restaurante nos solidarizamos com a família e estamos comprometidos com a adoação de medidas mais rigorosas de segurança”. Além disso, foi destacado que “estamos colaborando ativamente com as investigações pois repudiamos qualquer ato de violência contra a mulher”.

Em uma entrevista exclusiva no programa Voz do Litoral, o delegado  Nilson Diniz, responsável pelo caso, declarou que as investigações iniciaram logo após os fatos e que já estão bastante avançadas. Segundo ele, vítima e testemunhas também já foram ouvidas.

Diniz ressaltou que o principal suspeito do crime esteve na delegacia e prestou depoimento, entretanto, o caso corre em segredo de justiça.

Durante a entrevista, o delegado também abordou a repercussão e o compartilhamento de fotos da vítima nas redes sociais. “Ela já teve a dignidade sexual, em tese, ofendida. Ela não pode se tornar vítima mais uma vez dessa exposição.  A prioridade é preservação da vítima”, declarou.

Ainda no programa Voz do Litoral, a jornalista Diana Túlio e o apresentador Tony Lagos conversaram com a advogada Thaise Mattar Assad que explicou o que configura o crime de estupro de vulnerável.

Segundo Thaise, “o estupro  de vulnerável é quando a pessoa que tem a relação sexual tem a condição de vulnerabilidade. E nesse caso, não precisa que a pessoa que pratica a conduta  que realize de forma violenta ou mediante grave ameaça. O simples fato de ter a conjunção carnal ou qualquer outro fato libidinoso  com uma pessoa que está em uma condição de vulnerabilidade já configura como estupro”.

Conforme a advogada, a condição de vulnerabilidade é caracterizada em casos de enfermidade, deficiência ou qualquer outro meio que a pessoa não conseguia oferecer resistência. A conduta é extremamente grave e  prevista no código penal brasileiro com pena de 8 a 15 anos.

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