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Polícia Federal prendeu em flagrante o responsável pela falsificação de lacres utilizados para organização criminosa nos contêineres do Porto de Paranaguá

A Polícia Federal deflagrou a Operação  Kamino na última semana com foco na repressão a organizações criminosas dedicadas ao tráfico internacional de cocaína a partir do Terminal de Contêineres de Paranaguá. Foram cumpridos em Curitiba e em Colombo três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 14ª Vara Federal de Curitiba/PR, após representação da autoridade […]

A Polícia Federal deflagrou a Operação  Kamino na última semana com foco na repressão a organizações criminosas dedicadas ao tráfico internacional de cocaína a partir do Terminal de Contêineres de Paranaguá.

Foram cumpridos em Curitiba e em Colombo três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 14ª Vara Federal de Curitiba/PR, após representação da autoridade policial e manifestação favorável do Ministério Público Federal.

As investigações decorreram da Operação Enterprise, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2020.

O prosseguimento das análises permitiu a identificação da pessoa responsável pela falsificação dos lacres dos contêineres que seriam contaminados com fardos de droga, com emprego do método popularmente conhecido como rip-on/rip-off, ou seja, os traficantes obtinham informações sobre a movimentação e a posição de contêineres que estavam no pátio do terminal portuário, após terem passado pela fiscalização, com destino a algum porto de interesse no exterior, principalmente na Europa. Uma vez identificados os códigos do contêiner e de seu lacre, a droga era ingressada no TCP por caminhoneiros pertencentes à organização criminosa, que tinham agendamento para entrada no porto para a movimentação de outras cargas. Já dentro do porto, os caminhoneiros desviavam a rota prevista e se aproximavam dos contêineres alvo, onde estacionavam por breve período. Nesse momento, com o auxílio de funcionários corrompidos no pátio, a droga era descarregada e colocada dentro dos contêineres. Ao fim, o lacre original, que fora rompido, era substituído pelo lacre clonado, no intuito de não chamar a atenção da fiscalização posteriormente.

Destaca-se que as condutas investigadas eram praticadas de forma clandestina, sem o conhecimento nem a participação da administração portuária, nem das empresas responsáveis pelas cargas lícitas, que tinham seus contêineres parasitados.

Durante as buscas foram apreendidos lacres de contêineres e insumos utilizados em sua falsificação, como lixas, ácidos e telas de serigrafia.

O investigado foi preso em flagrante, por receptação qualificada, uma vez que encontrado na posse de uma motocicleta com alerta de roubo, além de insumos e ferramentas utilizadas na falsificação de placas e renumeração de chassis.

*O nome da operação faz alusão ao Episódio II da série Star Wars, em que há um planeta chamado Kamino. Ali habitava uma civilização que desenvolveu uma avançada técnica de clonagem, tal como como o fez a organização criminosa investigada, que dependia da incessante clonagem de lacres de contêineres para o êxito de suas atividades.

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