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Portos do Paraná investe R$ 11 milhões e reforça controle sanitário na pandemia

Nesta quinta-feira (25), a estrutura médica completa um ano nos terminais portuários do Paraná. Mais de 1,6 milhão de trabalhadores foram atendidos nas barreiras sanitárias de acesso ao cais e Pátio de Triagem. AEN-PR Nesta quinta-feira, dia 25 de março, a estrutura de combate ao coronavírus instalada nos terminais portuários do Paraná completa um ano. […]

Nesta quinta-feira (25), a estrutura médica completa um ano nos terminais portuários do Paraná. Mais de 1,6 milhão de trabalhadores foram atendidos nas barreiras sanitárias de acesso ao cais e Pátio de Triagem.

AEN-PR

Nesta quinta-feira, dia 25 de março, a estrutura de combate ao coronavírus instalada nos terminais portuários do Paraná completa um ano. Foram quase R$ 11 milhões investidos e 1,6 milhão de trabalhadores atendidos. Nos últimos 365 dias, equipes médicas e de enfermagem atuaram 24 horas no Pátio de Triagem e nos acessos de motoristas e pedestres ao cais do Porto de Paranaguá.

O porto paranaense foi o primeiro do Brasil a adotar as medidas, que continuam em vigor. “A atividade portuária é essencial para o transporte de alimentos, insumos e maquinários. O Governo do Estado agiu rapidamente para dar as condições e a segurança necessárias para milhares de pessoas que dependem do porto para o sustento de suas famílias”, destacou o diretor-presidente da empresa pública Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Segundo ele, paralisar o Porto representaria perdas graves para toda a cadeia logística, mas, principalmente, para os trabalhadores portuários. “A maioria dos trabalhadores portuários avulsos ganha por hora. A paralisação faria com que o rendimento dessas pessoas fosse a quase zero. A arrecadação dos impostos, cada emissão de nota fiscal dos terminais pelos serviços prestados, gera renda para o município. Então, agravaríamos ainda mais a crise econômica, sem falar do prejuízo à produção, ao escoamento e à logística do Brasil”, afirmou Garcia.

NÚMEROS

Em um ano, o investimento da empresa pública na compra de materiais, equipamentos e contratação de equipes médicas, que fazem a aferição de temperatura, avaliação de sintomas compatíveis com a Covid-19 e o encaminhamento dos casos suspeitos, foi de R$ 10.259.047,06. O restante engloba a manutenção dessas estruturas, que ficarão montadas enquanto durar a emergência em saúde pública.

As equipes incluem 14 técnicos de enfermagem, três auxiliares administrativos e dois de limpeza hospitalar. A estrutura conta, ainda, com dois postos médicos e dois postos de enfermagem – um no Pátio de Triagem e outro no Edifício Dom Pedro, acesso dos trabalhadores à faixa portuária.

De março de 2020 a 28 de fevereiro de 2021 foram realizados 556 atendimentos médicos; 264 pessoas apresentaram sintomas; 247 casos foram descartados; 26 trabalhadores foram encaminhados ao sistema de saúde municipal; e 177 passaram pela coleta de exame RT-PCR, nas próprias estruturas contratadas pelo porto.

TRABALHADORES

A diretora-executiva do Órgão Gestor da Mão de Obra dos Trabalhadores Portuários Avulsos do Porto de Paranaguá (OGMO-Paranaguá), Shana Bertol, considera que os cuidados adotados desde o início foram essenciais. “Logo que a pandemia foi declarada, começamos com as ações mais ostensivas, com a instalação dessas barreiras sanitárias e o atendimento da equipe médica exclusiva para Covid, testagem rápida dos trabalhadores, além da disponibilização de todos os EPIs, álcool em gel”, contou. “Durante todo esse período, fizemos um acompanhamento junto aos TPAs e mais de 80% diz se sentir seguro ao realizar os seus serviços dentro do porto”.

CAMINHONEIROS

Assim como os trabalhadores portuários, os caminhoneiros que chegam no Porto de Paranaguá para descarregar ou buscar os produtos também percebem e aprovam as medidas.

Carlos Roberto Schiavon, que no último dia 18 chegava de Sertanópolis para descarregar soja no Porto de Paranaguá, disse que não parou em nenhum momento, desde os primeiros casos de Covid-19. Agora, no auge do escoamento da safra, ele passa com frequência pela estrutura do Pátio de Triagem. “Com certeza essa medição de temperatura é importante porque se tiver algum caso suspeito, não entra aqui no porto. É uma segurança para os outros”, comentou.

No mesmo dia, Leandro Loureiro Casagrande chegava pela primeira vez no Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá, vindo de Assis, interior de São Paulo, também para descarregar soja. “Toda essa estrutura é importante para gente. A vida, hoje, vale mais que qualquer coisa. Embora essa aferição tome um pouco de tempo, acho que qualquer tempo que você perder para manter a vida é necessário”, disse.

O motorista também garante que está fazendo a parte dele com os cuidados preventivos individuais, como o uso da máscara, do álcool em gel e do distanciamento.

RECOMENDAÇÕES

De acordo com o assessor especialista em Saúde e Segurança do Trabalho da Portos do Paraná, Felipe Zacharias, os aprendizados da prevenção à Covid-19 reforçam a importância de uma comunidade engajada para o bem comum. “A gente aprendeu, acima de tudo, o respeito que temos que ter, não apenas um ao outro, mas principalmente sobre as regras de convivência e os protocolos adotados”, afirmou.

Para ele, é preciso manter o alerta e os cuidados, principalmente com o uso da máscara a todo tempo e a higienização das mãos. “Temos que nos manter vigilantes e atentos para que não tenhamos mais vidas ceifadas por esse vírus. Cada um é responsável pela vida dos demais”, arrematou.

 

*informações da AEN-PR

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