Em 2020, o Estado esteve entre os que mais realizaram testes RT-PCR, considerados padrão ouro, e fechou o ano com 1,4 milhão de análises. Outras estratégias fundamentais para conter a doença são o rastreamento de contatos e a detecção de surtos
Desde o início do enfrentamento da Covid-19 o Paraná se destaca entre os estados que mais realizaram testes RT-PCR – considerados padrão ouro – ocupando as primeiras posições no ranking das unidades federativas com maior resultado de testagem da população.
Em novembro de 2020 o Estado ultrapassou a marca de 1 milhão de testes para detectar o novo coronavírus e fechou o ano com 1,4 milhão de testes realizados – até esta terça-feira (05) foram 1.439.204.
“Adotamos, por meio do Laboratório Central do Estado, a testagem como uma das principais estratégias de enfrentamento ao coronavírus. Foi uma linha definida pelo Governo do Estado, pois consideramos que o teste RT-PCR garante o diagnóstico correto e o isolamento dos casos positivos”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
De acordo com ele, os investimentos na ampliação da testagem continuam, já que a estratégia que se mostrou eficaz para frear a disseminação do vírus.
“A marca de 1,4 milhão de testes aplicados representa mais de 10% da população do Estado. Isso mostra o grande esforço que o Paraná vem fazendo diante de várias frentes de trabalho e estratégias implantadas para enfrentar a Covid-19”, destacou o secretário.
Em fevereiro, quando foram detectados os primeiros casos suspeitos no Paraná, o Laboratório Central do Estado (Lacen) realizava testes preliminares, enviando as amostras à Fiocruz para finalização dos laudos. Em março, já processava 600 exames por dia, com um aumento de 400% em relação ao início da pandemia. No início de abril o quadro de profissionais foi ampliado em 20% com o objetivo de ampliar a capacidade.
A partir deste segundo mês da pandemia o Governo do Estado fez parceira com o Instituto de Biologia Molecular (IBMP) e com outros laboratórios particulares e ligados a universidades, todos devidamente habilitados. Hoje, o Lacen e o IBPM têm, juntos, capacidade de processamento 10,6 mil análises por dia.
ESTRATÉGIAS – Além da testagem, o Paraná adotou outras estratégias de controle, como o rastreamento de contatos e detecção de locais com surtos ativos.
Do início da pandemia até a última semana de dezembro, o Estado recebeu 57.132 notificações para surtos, das quais 20.428 foram confirmadas. Os surtos ocorreram em frigoríficos, serviços de saúde, instituições de longa permanência de idosos, unidades prisionais e penitenciárias, indústrias, canteiros de obras e, também, após encontros sociais e familiares, como almoços, festas de aniversário e casamentos.
Os registros contabilizavam até o fim do ano passado 233 óbitos decorrentes destas situações de surtos.
O Paraná fechou 2020 com 499 surtos considerados ativos, com maior incidência na macrorregião Oeste, que concentrava 40,08% dos casos, seguida da região Leste, com 24,05%; da Norte com 21,84%, e da Noroeste, com 14,03%.
De acordo com os dados contabilizados até o final de dezembro, as regiões com maior número de surtos eram: 10ª Regional de Saúde de Cascavel, com 76; 12ª Regional de Saúde Metropolitana de Curitiba, com 47 surtos; 8ª e 20ª Regionais de Saúde, de Cornélio Procópio e de Toledo, respectivamente, com 39 surtos cada uma; e 8ª Regional de Saúde de Francisco Beltrão, com 33 surtos.
“Promovemos a orientação e a capacitação dos profissionais que atuam no cuidado de pessoas idosas, nas instituições de saúde, presídios, empresas e em comunidades como as aldeias indígenas para uma atenção redobrada aos surtos, com implantação de medidas preventivas e de controle imediato. A estratégia nos possibilitou a contenção de inúmeros casos e, assim, evitamos a perda de mais vidas”, destacou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Acácia Nasr.
RASTREAMENTO – Outra medida apontada pela secretaria estadual da Saúde como fundamental no controle da Covid-19 foi o rastreamento de contatos de casos confirmados. O processo permite a identificação e o isolamento das pessoas que podem ter sido expostas a um caso confirmado ou suspeito.
“Esta é uma ação importante para quebrar a cadeia de transmissão e conter o surto da doença. Neste período, o Estado registrou cerca de 120 mil contatos e conseguiu encerrar 102.973 monitoramentos. A estratégia detectou 1.040 casos”, informou a coordenadora Acácia.
Fonte: AEN