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Obras da orla de Matinhos vão melhorar condição das ondas para a prática do surf

Estruturas de contenção das cheias farão com que as ondas se quebrem de forma diferenciada, melhorando as condições para o esporte, afirma competidor. Atletas locais participaram das audiências públicas promovidas pelo IAT e deram opinião As obras de recuperação da orla de Matinhos, no Litoral do Paraná, vão impactar na prática do surf. O projeto […]

Estruturas de contenção das cheias farão com que as ondas se quebrem de forma diferenciada, melhorando as condições para o esporte, afirma competidor. Atletas locais participaram das audiências públicas promovidas pelo IAT e deram opinião

As obras de recuperação da orla de Matinhos, no Litoral do Paraná, vão impactar na prática do surf. O projeto do Governo do Estado, que está entrando em fase de licitação, visa mitigar os efeitos provocados pela erosão marinha e contribuir para o controle de enchentes na região.

Entre as intervenções previstas, está a implantação de estruturas de contenção das cheias provocadas pela maré alta, o que propiciará que as ondas se quebrem de forma diferenciada, segundo o surfista Sanderson Trevisan.

Morador de Matinhos, atleta profissional de bodyboard e gestor do esporte por formação, Trevisan, de 41 anos, afirma que a expectativa é de que o esporte seja beneficiado com as novas estruturas. “Quem pratica o esporte, sabe que onde se acumula areia é também onde a onda quebra de maneira diferenciada e especial. Por conta disso, a probabilidade de melhorar a onda do pico de Matinhos, que já é considerada uma das melhores do Brasil, é bastante grande”, diz Trevisan.

Como competidor da modalidade em diversos países, o atleta profissional tem a expectativa de que Matinhos venha a ser comparado a locais que são referências mundiais em ondas.

O Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, está à frente do projeto, que envolve engorda da faixa de praia por meio de aterro hidráulico, estruturas marítimas semirrígidas, canais de macrodrenagem, redes de microdrenagem, revitalização urbanística da orla marítima e pavimentação e a recuperação de vias.  O investimento previsto é de R$ 397,2 milhões.

As estruturas de contenção previstas no projeto são formadas por geotubes preenchidos com areia da própria praia. Elas terão resistência significativa e a finalidade de impedir a passagem de água que pode provocar a ruína da estrutura.

Contribuições 

O atleta Sanderson Trevisan ressalta que a preocupação dos surfistas locais era que as intervenções pudessem prejudicar o tamanho e a qualidade as ondas, mas a abertura para oferecer contribuições e tirar as dúvidas com relação ao projeto foi importante para desmistificar histórias.

“Hoje, nossa praia está bastante quebrada por causa da erosão, então a principal sugestão que demos foi com relação a essas estruturas na parte dos balneários. Também contribuímos com sugestões para a entrada de barcos de pesca, para que tanto os surfistas quanto os pescadores tenham segurança”, explicou.

“É muito importante nossa participação porque nós, moradores e praticantes do esporte, somos os principais usuários do Litoral e a comissão desse projeto tem dado atenção especial para nossas ideias”, completou Trevisan.

Requisitos

De acordo com o diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, José Luiz Scroccaro, o órgão ambiental estadual cumpriu todos os requisitos para a elaboração do edital de licitação, que deve ser divulgado nos próximos dias.

“Apresentamos o projeto a todos os interessados, tanto empresários quanto a comunidade, com audiências públicas em diversas ocasiões”, afirmou ele, destacando a transparência do processo e a abertura para a participação da população.

Fonte: AEN

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