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13ª baleia jubarte é encontrada encalhada e sem vida, em Matinhos

Mais uma baleia jubarte (Megaptera novaeangliae) foi encontrada encalhada sem vida e em estado avançado de decomposição, no balneário Flórida, em Matinhos, nessa última terça-feira (05). Técnicos do Laboratório de Ecologia e Conservação via Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) isolaram a área por volta das 8h de terça (05) e […]

Mais uma baleia jubarte (Megaptera novaeangliae) foi encontrada encalhada sem vida e em estado avançado de decomposição, no balneário Flórida, em Matinhos, nessa última terça-feira (05).

Técnicos do Laboratório de Ecologia e Conservação via Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) isolaram a área por volta das 8h de terça (05) e coletaram amostras biológicas para identificar a possível causa da morte do animal. A jubarte era um macho medindo aproximadamente 10 metros.
A equipe também realizou o trabalho de necropsia e em conjunto com a Prefeitura de Matinhos, que forneceu uma retroescavadeira para enterrar a carcaça do animal, conforme Protocolo de Atendimento a Encalhes de Animais Marinhos no Litoral do Paraná – PRAE (SEDEST/IAT/IBAMA).

Só neste ano foram registrados 13 encalhes de baleia-jubarte no Paraná, com casos na Ilha do Mel (Paranaguá), Ilha do Superagui (Guaraqueçaba), Guaratuba, Pontal do Paraná e Matinhos.

Por que as baleias-jubarte estão morrendo no Brasil?

A principal área brasileira de reprodução desta espécie é o litoral da Bahia, mas as jubartes têm sido avistadas com frequência na região sudeste e sul do Brasil. As causas das mortes das jubartes seguem sendo investigadas por diversos pesquisadores brasileiros junto a parceiros internacionais.

Entre as principais hipóteses está a degradação ambiental associada aos efeitos das mudanças climáticas globais com a diminuição na disponibilidade de krills (principal alimento destas baleias) na Antártica. “Uma hipótese que trabalhamos é que devido alteração no ecossistema, as baleias estão migrando com menos energia acumulada e precisam buscar por alimento em áreas mais quentes e rasas, o que pode ocasionar maior interação da espécie com redes de pesca e embarcações na região costeira, causando assim, riscos de emalhe e colisão com os barcos e navios”, aponta a bióloga Camila Domit.

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