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BR-277 sentido Litoral tem histórico negativo em sua infraestrutura após fim da concessão dos pedágios

Dirigir pela Rodovia Governador Ney Braga, BR-277, no trecho que liga Curitiba ao Litoral, sempre foi um desafio. Por conta do alto fluxo de veículos pesados como caminhões que transportam diversas cargas até o porto de Paranaguá. Em meio a esse tráfego pesado também existe um grande movimento de ônibus e veículos de passeio que […]

Dirigir pela Rodovia Governador Ney Braga, BR-277, no trecho que liga Curitiba ao Litoral, sempre foi um desafio. Por conta do alto fluxo de veículos pesados como caminhões que transportam diversas cargas até o porto de Paranaguá. Em meio a esse tráfego pesado também existe um grande movimento de ônibus e veículos de passeio que sobem e descem a Serra do Mar diariamente, principalmente, em época de férias escolares e verão.

Os problemas estruturais da principal rodovia que corta o litoral paranaense, começou a preocupar os usuários após o fim do contrato da concessionária Ecovia, no dia 26 de novembro de 2021. De lá para cá, as pistas começaram a apresentar problemas de desgaste e buracos começaram a aparecer em pontos considerados perigosos e com alto índice de tombamentos na descida para o Litoral.

A fase mais crítica foi no final do ano passado em 2022, quando no dia 15 de outubro, após fortes chuvas atingirem a região e provocar o primeiro deslizamento de terras e pedras, na altura do km 42. Treze dias depois, as chuvas voltaram a castigar o litoral paranaense e dois novos deslizamentos foram registrados, nos km 39 e 40. Após 15 dias de trabalhos para a remoção dos detritos que foram lançados na pista, a rodovia foi parcialmente liberada.

Foto: Rodrigo Felix Leal/SEILPara garantir a segurança do local e evitar que novos deslizamentos aconteçam na encosta, no dia 16 de dezembro o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) Departamento de Estradas e Rodagem do Paraná (DER-PR) assinaram um acordo de cooperação, onde o DER ficou responsável pela manutenção nos kms 39, 40 e 42. No dia 22 de dezembro um novo deslizamento em áreas já danificadas, o que fez com que a obra fosse paralisada e as equipes se concentrassem na limpeza e liberação parcial da via, ainda de forma parcial.

O episódio mais recente aconteceu no dia 7 de março de 2023, quando o DNIT e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), decidiram interditar o km 33,5, devido a um afundamento da rodovia, após as constantes chuvas que atingiram a região nas últimas horas. Para evitar o tráfego pesado pela rodovia, a orientação foi bloquear totalmente a BR-277, até que uma equipe de geólogos do DNIT pudesse avaliar melhor a situação. Após as análises, um desvio operacional foi montado para que o fluxo de veículos voltasse ao normal pela rodovia.

O último bloqueio total da BR-277 aconteceu no final da tarde desta quinta-feira (9), quando a chuva fez com que o km 33 ficasse totalmente alagado, após um bueiro estourar e fazer com que o volume de água cobrisse a rodovia. Moradores registraram muita água caindo da região montanhosa com coloração avermelhada. Para garantir a segurança dos motoristas, a estrada foi novamente fechada.

“O nosso governador em exercício Darci Piana fez um ofício ao Ministério de Infraestrutura para poderem resolver o problema dessa rodovia federal. O Ministério encaminhou rapidamente um grupo de geólogos e também investimento para que esse problema na BR-277 pudesse ser resolvido quanto antes”, disse Ratinho Júnior, que cumpre agenda internacional no Japão.

Perto de completar cinco meses desde o primeiro deslizamento registrado na rodovia, a BR-277 segue sem previsão de liberação total no sentido Litoral.

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