A empresa Internacional Marítima, responsável pela travessia de Guaratuba, teve autorização do DER/PR para utilizar durante o período de 6 meses, mais de R$ 50 milhões para melhorias no serviços prestados no ferry boat do município.
No último domingo (27), duas embarcações da travessia de Guaratuba acabaram colidindo e gerando transtornos para alguns motoristas que tiveram os seus veículos danificados com a colisão. Porém, antes mesmo do incidente, o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) havia autorizado no dia 15 de março, por meio do Termo de Permissão nº 001/2022, que fosse disponibilizado a empresa Internacional Marítima Ltda, responsável pela travessia do ferry boat em Guaratuba, mais de R$ 50 milhões, para uso emergencial envolvendo os serviços prestados para a operação do ferry boat.
Os Despachos nº 270/2022, 271/2022 e 272/2022 foram assinados pelo Diretor Geral do DER/PR, Fernando Furiatti Saboia, publicados no Diário Oficial do Estado. Com dispensa de licitação, a contratação emergencial prevê o valor de R$ 8.242.479,31 para realizar serviços de fornecimento de combustíveis, lubrificantes e embarcações afretadas para a operação da Travessia em Guaratuba, também foi liberado para a empresa mais R$ 5.833.509,09 que deverá ser utilizado para a prestação de serviços complementares de operação.
Ainda sobre os valores, o DER/PR autorizou também mais R$ 36.300.353,02 para a realização de intervenções necessárias para 4 conjuntos de atracadouros e 3 ferry-boats pertencentes a operação da travessia, totalizando R$ 50.376.341,40.
Porém, o contrato com a antiga operadora, a empresa BR Travessias, era de aproximadamente R$ 134 milhões para o período de 10 anos. O atual e emergencial Termo de Permissão possui quase a metade deste valor em um período de 180 dias.
A empresa Internacional Marítima Ltda passou a administrar emergencialmente os serviços da travessia em Guaratuba, no dia 10 de fevereiro, após a empresa BR Travessias ter seu contrato reincidido pelo Governo do Estado, por não prestar os serviços de maneira eficiente e apresentar vários problemas durante o período em que esteve operando no município.
No entanto, após 60 dias de administração da nova empresa, as reclamações continuam por parte dos usuários. Foram registrados durante este período, longas filas, embarcações à deriva, colisão entre balsas e fila de espera de até três horas. Muitos motoristas registram diariamente as más condições dos ferry boats e a falta de estrutura para realizar a manobra dos veículos até as balsas.
Sobre a colisão entre as duas embarcações na noite deste domingo (27), o DER/PR solicitou esclarecimento à empresa quanto ao ocorrido e abrirá processo administrativo para apuração das responsabilidades e aplicação das medidas cabíveis.
Além disso, a Marinha do Brasil informa que abrirá inquérito de responsabilidade dos mestres das embarcações.