HRL tem maior índice de ocupação de leitos desde o início do período pandêmico
Nos últimos três dias, o litoral paranaense teve mais 30 mortes por COVID-19 confirmadas pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa). Isso significa que, no período, uma pessoa morreu a cada 144 minutos (pouco menos de duas horas e meia), nesta região do estado.
A taxa de mortalidade na região é alta, já que o litoral se mantém na 2ª colocação do estado em termos de óbitos provocados pela doença. A taxa leva em conta o número de mortes a cada cem mil habitantes.
Ao todo, desde o início da pandemia, 830 moradores das sete cidades da faixa litorânea perderam a vida para o coronavírus.
Vítimas jovens e sem comorbidades
Alguns dados divulgados pela Sesa e pelo Hospital Regional do Litoral (HRL) mostram que o perfil das vítimas mudou no decorrer dos meses e que pessoas mais jovens tem desenvolvido a forma grave da doença. É o caso do vereador licenciado e secretário de Indústria e Comércio de Paranaguá, Nilo Ribeiro Monteiro, que tinha apenas 44 anos e não resistiu à enfermidade.
Nesta quinta-feira (27), o HRL confirmou quatro óbitos pela doença. Nenhuma das vítimas era idosa e, entre elas, está um homem de só 36 anos.
O número de mortes de pessoas sem doenças associadas também preocupa. Hoje, o Paraná tem 25.819 mortes confirmadas por complicações da COVID-19. Destas, 23% foram de pessoas que não possuíam comorbidades.
Falta de leitos
Na macrorregião leste, onde o litoral está inserido, 96% dos leitos de UTI adulto estão ocupados, de acordo com o boletim da Sesa.
Em Paranaguá, segundo o boletim emitido pela prefeitura, dez pessoas estão internadas no hospital de campanha.
No HRL, que é referência para atendimento a casos mais graves da doença, são 63 pacientes internados atualmente. Esse é o maior índice de ocupação de leitos desde o início do período pandêmico.